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Livro sobre os 60 anos da ditadura terá 60 autores, sete do Espírito Santo

Jornalista Nilmário Miranda, ex-preso político e ex-ministro de Direitos Humanos e Cidadania, é um dos autores

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Textos de 60 autores de vários estados, sete do Espírito Santo, formam o conteúdo do livro coletivo “60 anos do golpe. Gerações em luta”. Com relatos sobre o golpe cívico-militar que instalou a ditadura no Brasil, a obra entra nesta semana na fase final de produção. O projeto é parte dos movimentos que, em âmbito nacional, lembram os 60 anos de uma das piores fases da história brasileira, iniciada em 1º de abril de 1964 e que deixou um rastro de mais de 400 mortos e desaparecidos e sequelas em centenas de famílias.

O lançamento no Espírito Santo está marcado para 1º de abril, na Biblioteca Pública Estadual, na Praia do Suá, em Vitória. Estão em andamento outros lançamentos em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal.

O jornalista e assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Nilmário Miranda, ex-deputado federal, ex-preso político e ex-ministro, assina o artigo “Um ano que não terminou pra mim também”; Ladislau Dowbor, professor titular de pós-graduação da PUC-São Paulo e consultor de diversas agências da ONU, escreve “Golpe de 64: sessenta anos rodando em círculo”.

Entre os textos de autores capixabas, estão: “Onde estávamos em 1964 e onde estamos 60 anos depois”, do advogado e ex-preso político Francisco Celso Calmon, idealizador do projeto; “O sonho não se realizou nem se esgotou”, de Perly Cipriano, também ex-preso político e escritor;  “O sonho acabou. Viva o sonho”, do historiador Fernando Achiamé; além de escritos de Cristina Moura, Paulo Coutinho e Gaspar Leão Paz.

O livro traz, também, artigos do ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles, ex-coordenador da Comissão da Verdade; da procuradora federal Eugênia Gonzaga, que foi coordenadora nacional da Comissão de Mortos e desaparecidos; da jornalista Mariluce Moura, nascida na Bahia e radicada em São Paulo; Paulo Calmon Nogueira da Gama, desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais; entre outros sobreviventes da fase da ditadura.

Os textos foram produzidos por ativistas políticos que testemunharam esse lado tenebroso da história a partir da pergunta “onde estávamos em 1964 e onde estamos em 2024?”, com abordagens sobre a conjuntura política, econômica e social atual. Os autores são ativistas, professores, jornalistas, advogados, economistas, e cidadãos que viveram as atrocidades da ditadura, inclusive familiares de pessoas mortas e desaparecidas no período.

O texto de abertura aborda “A ditadura empresarial-militar, os projetos ditatoriais e os povos indígenas”, na visão de Adriana Gomes Santos, Rodolfo Costa Machado, Yohaisa Coromoto Guevara e Maricruz Cabeza Rodriguez. O último artigo é assinado por Vera Lucia Vieira: “A implantação da ditadura, a perda de direitos trabalhistas e prejuízos à proteção dos trabalhadores”.

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