Área política tem ainda promessa de Ferraço e cargo para Lorena Vasques
O vereador Alexandre Maitan (União) foi eleito como o novo presidente da Câmara de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, nessa quarta-feira (1), durante a sessão de posse da nova legislatura. Iniciando o seu quinto mandato, Maitan teve a nona maior votação entre os candidatos de Cachoeiro em 2024.
Inicialmente, quase todos os vereadores eleitos de Cachoeiro demostraram vontade de ocupar a Presidência da Câmara. Com o tempo, porém, a disputa foi se afunilando, até chegar ao ponto de Maitan se eleger por unanimidade, por ter sido o único candidato. Nas últimas semanas, Léo Cabeça (PSDB) e Rodrigo Sandi (PDT) ainda se colocavam na disputa.
Na reta final, Maitan conseguiu reunir mais apoiadores. Além de seu próprio partido, que tem uma segunda cadeira na Câmara com Marcelinho Fávero, também passaram a apoiá-lo o Partido Liberal (PL), com dois parlamentares (Creone da Farmácia e Coronel Fabrício); o Podemos, com três (Brás Zagotto, agora ex-presidente, Paulinho Careca e Vitor Azevedo); e o Progressistas, que elegeu Renata Fiório.
A gestão de Theodorico Ferraço (PP), que tomou posse nessa quarta-feira, também acabou aderindo à candidatura. Pesou a favor de Maitan o fato de ter um dos vereadores com trajetória mais longa na Câmara de Vereadores.
Também foram eleitos os outros cargos da Mesa Diretora: para vice-presidente, Coronel Fabrício (PL); primeiro secretário, Vitor Azevedo (Podemos); e segundo secretário, Marcos Coelho (PSB). Além desses, Thiago Neves (PSB) foi eleito Ouvidor Legislativo; Renata Fiório (PP), única vereadora eleita, foi escolhida para comandar a Ouvidoria das Mulheres – mas deixará a Câmara em fevereiro para ocupar a Secretaria Municipal de Saúde; e o vereador Marcelinho Fávero (União Brasil) ficou com a Corregedoria.
Todos esses foram escolhidos de forma unânime, sem concorrentes. A única disputa foi para ver quem comandaria a Ouvidoria Racial. João Machado (PDT) levou a melhor sobre seu colega de partido Rodrigo Sandi, por 11 votos a 8.
Os demais vereadores de Cachoeiro são: Vandinho da Padaria (mais votado), Ramon Silveira e Pastor Delandi Macedo (PSDB); Sandro Irmão e Arildo Boleba (PDT); e Alexandre de Itaóca (PSB).
Adeus, mureta
Na manhã de quarta-feira, antes mesmo da cerimônia de posse, Theorico Ferraço e seu vice-prefeito, Júnior Corrêa (Novo), foram até a avenida Aristides Campos para fazer valer a primeira promessa de campanha: a retirada da mureta que divide as duas vias em mão e contramão.
A gestão de Victor Coelho (PSB) colocou a mureta para impedir as contantes conversões irregulares de veículos, gerando acidentes. Entretanto, a tal mureta era mal sinalizada, e houve registros de condutores desavisados que bateram na estrutura de concreto. Mesmo com a retirada da divisória, a proibição permanece.
Ferraço havia anunciado na campanha eleitoral que essa seria a sua primeira medida na administração municipal, e não tardou a criar um fato político positivo para si logo no início do mandato. Ainda resta remover outra mureta, em um cruzamento que fica próximo a um posto de combustíveis, mas depende da liberação do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit).
Casagrande acolhe derrotados
Quarta colocada como candidata a prefeito de Cachoeiro em 2024, Lorena Vasques (PSB) foi nomeada, nesta quinta-feira (2), como subsecretária de Estado de Infraestrutura Rodoviária, da Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semob).
Vasques foi apoiada nas eleições pelo então prefeito, Victor Coelho, e seu principal mentor, o governador Renato Casagrande (PSB). Sua ida para o governo estadual era especulada antes mesmo da campanha eleitoral, quando a sua candidatura titubeou.
O ex-prefeito Carlos Casteglione (PT), último colocado no pleito de 2024 em Cachoeiro, também voltou para a gestão estadual logo após as eleições, como subsecretário na pasta de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades) – ele se desincompatibilizou para poder se candidatar.
Segundo colocado na disputa, o agora ex-vereador Léo Camargo (PL) tem participado de atividades políticas junto ao deputado estadual Callegari (PL). Já o terceiro colocado, Diego Libardi (Republicanos), não fez postagens nas redes sociais sobre atividades públicas desde a votação de outubro.
Victor Coelho, prefeito que deixou o mandato após dois anos consecutivos – e passou por um trauma familiar em outubro passado –, é especulado como possível candidato a deputado (federal ou estadual) em 2026. No último dia de seu mandato, declarou ter deixado R$ 197 milhões no caixa da prefeitura para a próxima gestão.