Servidores ocuparam as ruas de Vitória na manhã desta quarta-feira contra a reforma e a privatização dos Correios
Manifestantes foram às ruas de Vitória na manhã desta quarta-feira (18), para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, que trata da reforma Administrativa, e a privatização dos Correios. Segundo a integrante do Movimento em Defesa de Direitos e Serviços Públicos de Qualidade, Junia Zaidan, a ideia é intensificar as mobilizações, já que a atuação das entidades da sociedade civil tem feito os parlamentares mudarem seus posicionamentos em relação à proposta do Governo Bolsonaro (sem partido).
“Na medida em que Bolsonaro vai derretendo, eles abandonam o barco, mas também tem o tensionamento dos trabalhadores, que a gente vai continuar intensificando”, aponta.
Segundo Junia, a proposta de reforma Administrativa passou praticamente ilesa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, mas o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) tem acompanhado a tramitação e percebe-se que, na comissão especial, onde a proposta se encontra atualmente, os parlamentares estão mais divididos entre aqueles que são favoráveis, contrários ou ainda em dúvida.
A concentração da manifestação foi na Praça de Jucutuquara, em Vitória, às 8h30, de onde os manifestantes seguiram rumo à Prefeitura de Vitória para se unir ao protesto dos servidores públicos municipais contra a reforma da Previdência, implementada este ano pela gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos).
De acordo com Junia, o protesto “foi bem marcante, com expressiva participação de entidades representativas de servidores das esferas municipal, estadual e federal”.
No Espírito Santo, os trabalhadores dos Correios estão em estado de greve, conforme decido em assembleia realizada nessa terça-feira (17), quando debateram os rumos da Campanha Salarial.
Ela salienta também que a proposta altera cerca de 80 pontos da Constituição Federal e é pautada em mentiras. Uma delas, aponta, é de que existe excesso de servidores públicos, quando na verdade há carência diante das demandas.
Outra é de que a proposta do presidente Jair Bolsonaro irá acabar com os privilégios, sendo que não vai afetar magistrados, militares e parlamentares. “Vai atingir somente a base dos servidores, que não têm privilégios”, denuncia.