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Manifestações marcam manhã da visita de Bolsonaro em São Mateus

MST e outros movimentos sociais percorreram o Centro da cidade em protesto à condução da pandemia e políticas do governo

MST-ES

No dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visita o Espírito Santo, foram realizadas manifestações durante toda a manhã em São Mateus, norte do Estado, onde o mandatário fará a inauguração de um conjunto de casas populares. Desde as 6h, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de vários municípios e de outros movimentos populares ocuparam a Praça São Benedito, na região central da cidade, com diversas faixas, cartazes e mensagens contra o presidente. 

A falta de vacinas e a denúncia por mais de 480 mil mortes por Covid-19 no Brasil foram as principais pautas da manifestação. “A vinda ao Espírito Santo acontece logo após Bolsonaro disparar nas mídias o interesse em liberar o não uso da máscara para pessoas já vacinadas, indo na contramão do que dizem as organizações de saúde no mundo com apenas pouco mais de 10% da população totalmente vacinada”, lembrou o MST capixaba em nota.

A declaração foi feita nessa quinta-feira (10) pelo presidente em Brasília, ao informar que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, iria publicar um parecer para desobrigar o uso de máscaras.

Divulgação

Mas além da oposição às políticas de condução da pandemia, também foram incluídos na manifestação temas como a segurança alimentar, emprego e renda.

Depois da concentração na praça, o grupo de manifestantes seguiu em caminhada pela cidade até finalizar na Igreja Velha, onde outros protestos contra o presidente foram realizados no início desta semana.

Divulgação

Durante a manhã, ainda houve outra manifestação simbólica no Distrito de Nestor Gomes, também no município de São Mateus, com uso de faixas e cruzes no trevo que dá acesso a Jaguaré, como forma de expressar o descontentamento de trabalhadores da região com o atual presidente da República. 

Depois da chegada em Vitória e um sobrevoo por obras federais realizadas no Espírito Santo, Bolsonaro seguiu para o norte do Estado, onde participa da inauguração de um conjunto de casas populares no Residencial Solar São Mateus, no bairro Aroeira. 

O conjunto com 434 casas foi iniciado em 2012 durante o governo de Dilma Rousseff, como parte do programa de moradia Minha Casa, Minha Vida, mas ficou anos paralisado após devolução pela construtora responsável, sendo agora finalmente finalizado.

No final do ano passado, Bolsonaro anunciou a criação do programa Casa Verde Amarela para substituir aquele que foi o maior programa habitacional da história do país, criado nas gestões petistas. Em janeiro, o presidente assinou o decreto de criação da nova política de seu governo, que foi criticada por organizações como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A entidade considerou um retrocesso por tratar a questão habitacional apenas por meio do crédito, excluindo a “faixa 1”, que atendia famílias de renda mais baixa, que necessitam subsídios diretos para adquirir imóveis e não apenas de juros subsidiados.

“De fato, o Programa Casa Verde Amarela se configura como um programa de crédito habitacional, não como um programa social de moradia”, criticou o MTST, lembrando que 92% das família em déficit habitacional ganham até três salários mínimos.

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