Deputado estadual contou com o aval do Governo do Estado
A eleição para a nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (Ales) foi realizada na tarde desta segunda-feira (3), na primeira sessão após o recesso legislativo. Para a surpresa de ninguém, o deputado estadual Marcelo Santos (União) foi reeleito para mais um biênio na Presidência do Legislativo capixaba, em uma chapa única, com o voto dos 30 parlamentares.
Em seu discurso de posse como presidente, Marcelo Santos afirmou que seu compromisso é “dialogar sempre em favor do Espírito Santo”, valorizar os servidores, fazer a Assembleia mais próxima da sociedade, garantir a transparência dos trabalhos executados na Casa de Leis e a independência dos três poderes. “Sinto-me honrado por mais uma vez terem me escolhido. Mesmo tendo crenças e valores diferentes, pudemos, por meio de um diálogo franco e transparente, conduzir esta Casa”, disse.
O parlamentar também fez uma breve avaliação do biênio no qual esteve à frente da Assembleia, destacando que “o legislativo capixaba se fortaleceu com um protagonismo inédito”, abertura da Casa de Leis para as instituições e diversos segmentos.
Além do presidente, a nova composição da Mesa Diretora ficou da seguinte forma: dentre os titulares, Hudson Leal (Republicanos), como 1º secretário, e Janete de Sá (PSB), 2ª secretária; para os suplentes, foram escolhidos Dary Pagung (PSB), Danilo Bahiense (PL) e Alexandre Xambinho (Podemos), como 1º, 2º e 3º vice-presidentes, respectivamente; e Sérgio Meneguelli (Republicanos), Iriny Lopes (PT), Raquel Lessa (PP), e Coronel Welinton (PRD), como 3º, 4º, 5º e 6º secretários.
Houve uma ampliação de sete para dez componentes na Mesa Diretora em relação à última eleição, após uma nova resolução proposta por Marcelo Santos, no último mês de setembro, e aprovada em plenário. Com isso, foram incluídos mais um vice-presidente e dois secretários. Nos próximos dias, também serão escolhidos os integrantes da Corregedoria e Ouvidoria.
Marcelo Santos ganhou o apoio do governo estadual para se manter como presidente da Ales após reafirmar publicamente, no último dia 23, o seu compromisso com o projeto da gestão estadual para as eleições de 2026, que tem como principal plano a candidatura de Ricardo Ferraço (MDB) para governador e de Renato Casagrande (PSB) para senador.
Até então, pairavam dúvidas sobre até que ponto Marcelo Santos seria ou não leal aos governistas, tendo em vista o seu apoio nas eleições de 2024 a opositores do governo, como o prefeito reeleito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), pré-candidato declarado ao Governo do Estado. Ele também era acusado de questionar, em privado, a respeito das chances eleitorais de Ricardo Ferraço, o que negou publicamente. Mas os ponteiros foram ajustados e Santos contaria, ainda, com a aprovação da maior parte de seus colegas na Ales, da esquerda à direita.
Paralelamente, o deputado Vandinho Leite (PSDB) também alimentava a esperança de receber o aval do governo estadual para se candidatar à Presidência da Ales, apesar de não ter se colocado como candidato em público. As articulações acabaram por colocar Vandinho como novo líder de governo na Ales, posto que antes era ocupado por Dary Pagung.
Pagung, aliás, foi a única mudança significativa da composição da Mesa Diretora, substituindo João Coser (PT) como 1º secretário, que perdeu a eleição para prefeito de Vitória em 2024 sem nem mesmo disputar o segundo turno. Dos principais cargos da Mesa Diretora, o único que não tem relação nenhuma com o governo estadual é o bolsonarista Danilo Bahiense.
