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Marcos do Val volta a reclamar do bloqueio de suas redes sociais

Senador teve suas redes bloqueadas em junho, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes

Com as redes sociais bloqueadas há mais de dois meses, o senador Marcos do Val (Podemos) voltou a criticar a medida adotada por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que preside as investigações ao parlamentar. Ele foi denunciado por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e Organização Criminosa e por divulgar documentos sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

Em discurso lido no plenário do Senado, nessa terça-feira (8), Marcos do Val afirmou que “a livre transmissão de pensamentos e opiniões é elemento fundamental dos mandatos parlamentares para estabelecer comunicação com os eleitores e com a população em geral”. Mesmo tom foi adotado por ele no retorno de sua licença médica, na semana passada, após 41 dias afastado.

O parlamentar foi alvo de três mandados de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), em 15 de junho, no gabinete e em suas residências em Brasília e Vitória. As buscas ocorreram no âmbito do inquérito sobre os atos antidemocráticos, que levou à prisão, nesta quarta-feira (9), o ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.

Envolvido em uma suposta trama golpista com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Marcos do Val também é investigado por ataques que fez a Moraes nos canais digitais, além de ofensas a integrantes do governo federal. Ao acessar o perfil de do Val no Twitter, o site informa que a conta foi retida em resposta a uma demanda judicial. Facebook e Instagram dizem que a página não está disponível. Ele nega ter praticado os delitos.

“Nós temos de prestar contas acerca dos nossos mandatos, informando o eleitorado, difundindo as nossas realizações e debatendo amplamente sobre os assuntos de relevância com os quais cotidianamente lidamos”, reforçou o senador, apoiador de Bolsonaro e alvo de polêmicas por seu comportamento. Essa situação é baseada ainda em uma não comprovada passagem dele como operador da força policial Swatt, dos Estados Unidos, objeto de deboche nos meios políticos e também na mídia.

Em julho passado, Do Val foi hostilizado enquanto caminhava no calçadão da Praia de Camburi, em Vitória. Em vídeo nas redes sociais, o senador está ao lado de uma mulher, e um homem, que aparentemente é quem grava as imagens, chama Do Val de a “maior vergonha da história capixaba”. O casal se afasta apressadamente e uma voz masculina grita: “Swatt é o ‘cacete’…”.

“Precisamos falar com quem está na ponta, precisamos ouvi-los. E, para isso, nos valemos da tribuna, onde eu estou, mas também dos meios de comunicação e das redes sociais, as quais ressoam mais amplamente a nossa voz. Eu repito aqui que já estou censurado há 60 dias”, disse senador.

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