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MDB aposta em novas alianças para resgatar espaço perdido em 2018

O MDB estadual, desarticulado nas eleições de 2018, tenta retomar novos alinhamentos com grupos políticos em ascensão, embora ainda esbarre em dificuldades resultantes da desastrosa influência partidária do ex-governador Paulo Hartung, hoje sem partido, mas articulado com o grupo do apresentador de TV Luciano Huck. 

A cartada do presidente do MDB no Estado, ex-deputado Lelo Coimbra, secretário especial do Ministério da Cidadania, envolve o Republicanos, principalmente o deputado federal Amaro Neto, campeão de votos nas eleições de 2018 e pré-candidato à Prefeitura de Vitória. 

Nesta segunda-feira (20), ele se reúne com o presidente estadual da legenda, Roberto Carneiro, articulador do grupo, que envolve ainda o deputado Erick Musso, presidente da Assembleia Legislativa. Em jogo, nomes para prefeituras da Grande Vitória, que poderá desarticular a pré-candidatura do deputado Hudson Leal em Vila Velha. 

Com o nome do deputado Hércules Silveira, o Dr. Hércules, colocado na disputa, o MDB tentará garantir o apoio do Republicano. Caso a aliança seja formalizada, será riscando o nome de Hudson Leal, já anunciado formalmente, levando o parlamentar a divulgar a seguinte nota, na última sexta-feira: 

“Hoje (17) em reunião com o deputado federal Amaro Neto e com o presidente estadual do Republicanos, Roberto Carneiro, definimos candidatos e os rumos para as eleições municipais na Grande Vitória e interior. Em Vila Velha fechamos apoio total do partido e seguimos fortes como pré candidato a prefeito do município”. 

Hudson Leal confirma a candidatura, mas nos bastidores a conversa é outra: por ter apresentado baixa pontuação em pesquisas realizadas para consumo interno, seu nome representaria empecilho à expansão do partido. Uma aliança com o MDB foi colocada, reforçando a candidatura do Dr. Hércules, em troca de apoio em Vitória, cujo candidato é o deputado Amaro Neto.

Ao sentar à mesa nesta segunda-feira, o MDB vai apresentar o nome do ex-secretário de segurança pública André Garcia, que embora não tenha conseguido se eleger para a Assembleia Legislativa, mas foi bem votado em Vitória e tem penetração nas camadas A e B, onde Amaro Neto apresenta rejeição elevada. 

Em pesquisas internas realizadas em outubro e novembro de 2019, André Garcia, afirmam fontes do MDB, apresentou boa pontuação na aceitação para as eleições municipais. Além disso, como suplente de deputado, Garcia assumiria uma vaga na Assembleia no caso de uma vitória do Dr, Hércules em Vila Velha, garantindo a manutenção do bloco de Amaro/Erick Musso no Legislativo.   

A saída de quadros importantes para outros partidos, em 2018,  deixou MDB no Espírito Santo em uma situação difícil. A legenda foi a que mais perdeu filiados com mandatos na janela partidária encerrada em abril. 

 

Saíram a senadora Rose de Freitas, migrando para o Podemos, e quatro deputados estaduais, entre eles, o presidente e o vice da Assembleia Legislativa, Erick Musso, que foi para o PRB, hoje Republicanos, e Marcelo Santos, para o PDT. E anda os então deputados Esmael de Almeida, no PSD, e Gildevan Fernande, PTB, além do ex-vereador de Vitória Zezito Maio, no Podemos.

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