Tião Pelaes evita comentar sobre 2º turno, mas confirma que continua apoiador da direita bolsonarista
“Pelaes é o pré-candidato ao cargo de prefeito de Vitória pelo MDB”. A informação, de destacado integrante do partido no Estado, foi confirmada pelo ex-vereador Sebastião Pelaes, integrante da ala bolsonarista da legenda que, nessa segunda-feira (1), manteve entendimento com o presidente da comissão provisória municipal, Sérgio Borges.
A pré-candidatura visa tirar o partido do ostracismo, por conta da crise interna iniciada em 2018, com a desfiliação do então governador Paulo Hartung, que concluiu o terceiro mandato sem partido. Presidente do diretório estadual, na época, o ex-deputado federal Lelo Coimbra se manteve à frente do partido até ser substituído pela ex-senadora Rose de Freitas e, em 2023, pelo atual vice-governador, Ricardo Ferraço.
Nesse período, o partido encolheu e deixou de ter representação no Congresso Nacional, na Assembleia Legislativa, na Câmara de Vitória e em outras cidades. “Há duas eleições que o MDB não tem vereador”, lembra Pelaes, ressaltando que sua candidatura irá permitir a formação da chapa com essa finalidade.
“Tenho 45 anos de filiação e sou do tempo em que o partido teve um prefeito de Vitória, Hermes Laranja, tendo como vice o meu irmão, Antônio Pelaes, isso há mais de 30 anos”.
Tião evita comentar sobre com quem o partido ficará no segundo turno, mas confirma que, ideologicamente, continua como apoiador da direita bolsonarista, mas prefere não citar nomes de eventuais concorrentes. Ele terá até 5 de agosto para confimar seu nome na convenção do partido, prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para formalizar a chapa de vereador.
“O importante é que eu consigo unir o partido”, diz Pelaes, que afirmar ainda ter o apoio de Sérgio Borges, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES), indicado para a presidência da comissão provisória pela direção estadual, liderada por Ricardo Ferraço. Ele cita Lelo Coimbra e outros emedebistas históricos, sem, no entanto, incluir a ex-senadora Rose de Freitas, oposição a Lelo pelo controle do partido.