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Mesmo com o fim das eleições, Assembleia segue sem quórum

Na primeira semana após as eleições no Estado, os trabalhos na Assembleia Legislativa continuam parados. Nas três sessões dessa semana, nenhum projeto foi votado por falta de quórum.
 
Durante as duas semanas anteriores ao pleito, quando os candidatos estavam concentrados na disputa, nenhum projeto da Casa teve andamento, mas mesmo agora, ao final do processo eleitoral, as votações não acontecem, em uma clara interferência do governador eleito Paulo Hartung (PMDB).
 
O deputado Paulo Roberto (PMDB), que desistiu da reeleição, tem aproveitado a falta de decisões na Assembleia para assumir o papel de “líder” do governador eleito. O parlamentar, que sempre foi muito ligado a Hartung, vem promovendo manobras para obstruir as votações que não seriam do interesse do governador eleito.
 
Na terça-feira (07), a sessão até começou com parlamentares suficientes para deliberação da pauta, mas depois que um grupo de deputados, liderado por Paulo Roberto, obstruiu a votação de um regime de urgência, o plenário se esvaziou. 
 
Alegando que era necessário que os projetos fossem encaminhados ao governador eleito antes da deliberação, Paulo Roberto, juntamente com os deputados Euclério Sampaio (PDT) e Elcio Alvares (DEM), pediram que a votação do requerimento fosse adiada, provocando uma acalorada discussão com os parlamentares governistas. Freitas (PSB), Janete de Sá (PMN), Gildevan Fernades (PV) e Gilsinho Lopes (PR) pediram insistentemente que o regime de urgência fosse aprovado naquele dia. 
 
Nesta quarta-feira (08), os parlamentares ligados a Hartung voltaram a abandonar o plenário para impedir a votação. Paulo Roberto pediu a recontagem das presenças, mas muitos parlamentares, que estavam nas dependências da Casa no inicio da sessão, não compareceram ao plenário para deliberar. 
 
O deputado Da Vitória (PDT) denunciou a postura dos colegas. “Tínhamos mais de 15 deputados presentes, estranho que só tenham 12 no momento. Temos de cumprir nosso papel constitucional e votar os projetos”, afirmou. Gilsinho Lopes (PR) endossou a fala do colega pedetista. “Mais um dia no trabalho sem trabalhar, não houve quórum segunda, terça e quarta”, protestou.

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