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​Movimento ‘Impeachment Já’ promove ato neste sábado na Grande Vitória

O cartaz da convocação mostra Bolsonaro usando o bigode do líder nazista Adolf Hitler

Reprodução/ABr

Chega ao Espírito Santo o movimento suprapartidário pró impeachment do presidente Jair Bolsonaro, intensificado em várias cidades brasileiras desde o panelaço do dia 15 desse mês. Na Grande Vitoria, quatro carreatas estão programadas para se encontrarem às 16h na Praça do Pedágio, na capital, onde os manifestantes irão dialogar com as pessoas no local, de forma a não promover aglomeração. 

A primeira carreata sai do viaduto Aracelli, em Jardim Camburi, às 15h. Em Vila Velha, Cariacica e Serra os pontos de encontro são, respectivamente, o Parque da Prainha, a frente do estádio Kléber Andrade e o Parque da Cidade, em Laranjeiras, mas ainda não há horarío definido da concentração em cada um.

“Impeachment Já – ES em Luta” é o mote do movimento exibido nas mensagens convocatórias que mostram a figura de Bolsonaro com o bigode usado pelo líder nazista Adolf Hitler, a quem é comparado não só no Brasil, mas em diversos países, por conta de suas atitudes autoritárias, assemelhadas ao nazifascismo.

A carreata já está confirmada em várias capitais além de Vitória. O movimento suprapartidário já atua em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Brasília, João Pessoa, Rio Branco e Curitiba, sendo a hashtag #ForaBolsonaro uma das mais usadas nas redes pelos organizadores.

Os manifestantes começaram a e agrupar em movimentos suprapartidários a partir do agravamento das mortes causadas pela Covid 19 em Manaus, motivo e comoção mundial, onde a incompetência do governo federal ficou exposta, em um cenário de repetidos erros, resultando em centenas de mortes por falta de oxigênio.

O atraso na vacinação em massa, ocorrido depois da chegada das vacinas, também contribui para levar o povo às ruas, a fim de pressiona o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a colocar em votação os quase 60 pedidos de abertura de processo de impeachment contra Bolsonaro. 


A essas justificativas para o impeachment de Bolsonaro se somam as atitudes do presidente em relação à pandemia da Covid. Ele é visto como o responsável pelos mais de 210 mil mortos, por conta do teor negacionista do discurso contra as vacinas e a omissão e os erros cometidos pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, sob o seu comando.

O movimento pela saída de Bolsonaro vem crescendo, com a adesão de várias camadas da população e de representantes da sociedade civil. Na última sexta-feira (15) os partidos de oposição da Câmara dos deputados decidiram protocolar um pedido coletivo de impeachment contra o presidente Bolsonaro. O documento é assinado por Rede, PSB, PT, PCdoB e PDT, que reúnem 119 deputados.


Contra Reformas e EC 95

O advogado André Moreira, um dos organizadores do ato no Estado, ressalta que, caso Bolsonaro sofra impeachment, seu vice, General Mourão, não cai automaticamente, mas a mobilização é para que todos, inclusive os ministros, percam seus postos, pois, segundo André, são incapazes de gerir o Brasil. “Mourão faz média querendo aparentar ser um cara ponderado, mas já fez comentários racistas e sexistas”, recorda André, que afirma, ainda, que se for criada alguma dificuldade para o impeachment, é legítimo que a população use de artifícios como greves e paralisações.

André acrescenta que a centralidade da carreata é o impeachment, mas também há outras pautas, como a revogação da Reforma Trabalhista, da Reforma da Previdência e da Emenda Complementar 95, que estabelece o congelamento em políticas públicas como saúde e educação por 20 anos.

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