Participação de André Lopes em ordem de serviço para obras de escola cívico-militar gerou reação no PT
O vereador de Cariacica André Lopes (PT) divulgou em suas redes sociais nessa sexta-feira (19), uma “nota de esclarecimento” sobre uma postagem feita por ele no dia anterior, na qual afirmava ter orgulho da retomada da obra de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental no bairro Itanguá. Na unidade funcionará a primeira escola cívico-militar do município, comemorada pelo prefeito Euclério Sampaio (DEM). A nota foi divulgada após sua presença na ordem de serviço ter sido criticada pelo PT, que considera esse tipo de modelo de ensino contrário aos princípios do partido.
“Após muita reflexão, estive na cerimônia da ordem de serviço por entender a conclusão da obra da escola como uma vitória da comunidade e por fazer parte da luta pela retomada da obra. Contudo, não apoio o modelo pedagógico e administrativo. Inclusive, resgatei ao público presente o abandono da obra, o pontapé inicial na gestão do PT e brevemente minha discordância com o modelo adotado”, afirma.
André Lopes diz na nota que a futura escola é uma solicitação antiga de seu mandato e das comunidades. “Importante ressaltar que a obra de construção da Escola Municipal de Ensino Fundamental do bairro Itanguá teve início na gestão do PT, sendo Helder Salomão [atual deputado federal] o prefeito e Célia Tavares a secretária de Educação municipal. Ocorre que a obra que estava em fase de acabamento ficou abandonada durante oito anos de governo do ex-prefeito Juninho [Cidadania]. Tal abandono nos fez cobrar o retorno da obra logo que assumimos nosso primeiro mandato”, justifica o vereador.
O vereador afirma saber “o retrocesso que representa uma escola cívico-militar” e aponta que um dos problemas desse tipo de estabelecimento de ensino é o alto custo do modelo. “Milhões serão investidos em apenas uma única unidade, enquanto centenas de escolas ficarão à mercê do baixo investimento”. E acrescenta: “Isso acaba promovendo exclusão e desigualdade. Sem falar do risco de censura dos profissionais no exercício da formação cidadã e política dos estudantes, bem como a exclusão das minorias e diversidades”.
Jaqueline destaca também as iniciativas do governo federal no Espírito Santo, quando o ex-presidenciável Fernando Haddad era ministro da Educação. “Saímos de dois campi do Ifes [Instituto Federal do Espírito Santo] para 22″, recorda.