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​Nomeações para cargos em diretórios causam nova crise no MDB

Senadora Rose de Freitas assumiu o partido no Estado para acabar com conflitos internos 

Nomeações para cargos e a prorrogação de mandatos em diretórios municipais do MDB pela senadora Rose de Freitas, presidente da Comissão Provisória Estadual, em desacordo com o estatuto da sigla, foram denunciadas na Executiva Nacional, acirrando uma nova crise interna no partido. Pedidos de providências foram encaminhados por pessoas que se sentem prejudicadas, uma delas o presidente reeleito do diretório de Colatina, noroeste do Estado.

“Fizemos a eleição para o diretório no dia 31 de maio, fui reconduzido ao cargo, mas logo depois atropelado pela nomeação de uma comissão, incluindo pessoas que nem são membros do partido”, reclama Lauristone da Silva, que foi substituído por uma comissão provisória cujo vice-presidente, Pergentino de Vasconcelos Júnior, diretor do Centro Universitário do Espírito Santo (Unesc), está filiado ao Cidadania.

O recurso administrativo poderá evoluir para a judicialização da questão, seis meses depois de Rose de Freitas assumir o comando do MDB no Espírito Santo, com o objetivo de promover a pacificação, anunciada como o principal objetivo do seu reingresso na sigla. Desestruturado desde 2018, em decorrência do retrocesso provocado pelo recuo do então governador Paulo Hartung de concorrer à reeleição, a crise interna do MDB foi acirrada pelo conflito entre os grupos dos ex-deputados federais Lelo Coimbra e Marcelino Fraga, expulso do partido.

A presidente da Executiva Estadual, senadora Rose de Freitas, segundo membros do MDB, vem ignorando convenções realizadas para eleição de diretórios e substituindo os eleitos por comissões provisórias, sem observação do rito estabelecido pelo estatuto.

As mudanças são formalizadas apenas pelo manejo das senhas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), sem reunião nem deliberação dos membros da Comissão Provisória Estadual, sem voto e sem a concepção do contraditório e ampla defesa, afirmam constitucionais.

“Não se administra um partido da envergadura do MDB com a senha dos sistemas eleitorais, ‘rifando’ os próprios filiados”, lamenta Lauristone. Para ele, o partido político tem um estatuto e isso tem que ser respeitado.

A senadora Rose de Freitas assinou no dia 12 de janeiro seu retorno ao MDB, durante reunião com a Executiva Nacional, e ressaltou que a decisão foi “tomada com consciência, vontade de ver o MDB crescer no Espírito Santo, se organizar e superar as dificuldades”.

O reingresso de Rose visa, também, acalmar o conflito entre o grupo do ex-deputado federal Lelo Coimbra, que perde a presidência da executiva, e o grupo do deputado estadual José Esmeraldo, na disputa pelo controle da sigla no Estado. O retorno da senadora enfraqueceu o deputado Lelo Coimbra, que ainda faz parte da comissão provisória presidida por ela.

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