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Nova promessa de desfecho da CPI dos Empenhos esta semana

Depois de muitos adiamentos e manobras, há uma nova expectativa sobre o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Empenhos da Assembleia Legislativa. Nos bastidores, o comentário é de que há uma grande expectativa sobre a movimentação do líder do Governo, Gildevan Fernandes (PMDB), à frente do Colegiado.

A tendência é de que o grupo, que tem maioria palaciana, derrube o parecer do deputado Euclério Sampaio (PDT), relator da CPI, e inclua no rol de acusados o ex-governador Renato Casagrande (PSB). Para o governo, a inclusão de Casagrande abre um precedente para que ele seja denunciado por crime de responsabilidade, o que sujaria sua ficha e, consequentemente, o tiraria do jogo político.

Em entrevista a Século Diário nesse sábado (11), Euclério Sampaio disse não acreditar que os deputados derrubem seu parecer. Mas, no plenário, há uma expectativa de que Gildevan consiga manobrar. Uma vez feita a manobra na CPI, o governo pressionaria a Assembleia para aprovar o relatório feito pelos aliados do governador Paulo Hartung.

A demora em definir estaria na contabilidade dos votos. Além de Gildevan, fazem parte do grupo governista os deputados Dary Pagung (PRP) e Erick Musso (PMDB). Contra a manobra estariam Euclério e Freitas (PSB). Gildevan votaria em caso de empate, mas o governo quer ter certeza que não há nenhum ponto frágil na manobra.

Se um  dos deputados palacianos não cumprir o compromisso, o relatório fica como está, com o indiciamento de cinco secretários da Era Renato Casagrande, mas sem incluir o governador. Euclério entendeu que o socialista não devia ser citado porque não foi ouvido e não era o ordenador de despesa.

A CPI apura denúncias noticiadas na imprensa de que o então governador Renato Casagrande estaria atrasando, desde 2014, os pagamentos destinados aos hospitais filantrópicos e a outras entidades que prestam serviços à rede pública de saúde.

O relatório foi lido em maio passado, mas os governistas conseguiram uma manobra para que o documento não fosse levado para a votação do plenário. Gildevan pediu mais tempo e deu sequência ao trabalho afirmando que haveria mais informações para acrescentar. Mas nos meios políticos, a movimentação foi vista como uma forma de procrastinar a votação do relatório, na tentativa de encontrar formas de incluir Casagrande entre os acusados.

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