A coordenadora da bancada federal capixaba, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), cumpriu nesta quarta-feira (23) duas importantes agendas com deputados estaduais e federais do Espírito Santo, em Brasília: na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e na Secretaria de Portos.
Participaram das reuniões os parlamentares Eustáquio de Freitas (PSB), Luzia Toledo (PMDB), Dary Pagung e Almir Vieira, ambos do PRP, e os deputados federais Sérgio Vidigal (PDT) e Paulo Foletto (PSB).
A reunião com o presidente em exercício e diretor da Anvisa, Dirceu Ivo Bucaresky, agendada a pedido da senadora, tratou da necessidade de regulamentação do medicamento “Interferon Gamma”, utilizado no tratamento da “Ataxia de Friedreich”, doença degenerativa rara que pode levar à morte.
Atualmente, segundo o deputado Eustáquio Freitas, há 186 vítimas da doença no País e grande dificuldade de conseguir o medicamento, já liberado em alguns países da Europa e nos Estados Unidos.
“Estamos todos sensibilizados pela causa. No Estado, uma família toda está envolvida por conta de um rapaz de 22 anos que foi diagnosticado com a doença aos 14 anos. Hoje, a casa dele é toda adaptada e o acesso ao medicamento só é possível por meio de liminar na Justiça”, destacou o parlamentar.
Um documento subscrito pelos 30 deputados estaduais capixabas foi protocolado na Anvisa para cobrar uma resposta da agência reguladora. Durante a reunião, a senadora afirmou que, “desta vez, nós vamos enfrentar essa guerra” ao se referir à venda do medicamento no Brasil. Ela propôs a realização de audiência pública para discutir o tema com especialistas no Congresso Nacional.
“Vamos provocar o tema e convidar o ministro (da Saúde, Arthur Chioro) para que se pronuncie. Precisamos fazer alguma coisa para acabar de vez com a dificuldade das pessoas vítimas de doenças raras em acessar os medicamentos”, disse.
O presidente em exercício da Anvisa, Dirceu Ivo Bucaresky, explicou que a agência depende da solicitação de um laboratório interessado na comercialização do “Interferon Gamma” no país para autorizar a venda interna da droga.
“Existem fases para o registro e algum laboratório deve fazer esse pedido”, destacou. Já a superintendente de medicamentos da Anvisa, Meiruze Freitas, disse que a agência facilita a importação de medicamentos não registrados no país para tratamento de doenças raras. “Fazemos a avaliação da prescrição médica considerando o registro em outro país para autorizarmos”, disse.
Porto
Logo após a reunião na Anvisa, Rose e os parlamentares do Estado participaram de reunião com o ministro da Secretaria de Portos, Edinho Araújo, para tratar do andamento das obras de dragagem do Porto de Vitória.
O ministro esclareceu que o trabalho está sendo acompanhado de perto por sua equipe e a maior parte da obra está concluída. “Essa é uma obra que terá um peso significativo para o desenvolvimento do Estado”, afirmou. O custo estimado é de R$ 128 milhões, com previsão de entrega no início do ano que vem.