Ministro da Economia participa de evento nesta quarta-feira, com a presença do candidato ao governo, Carlos Manato
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fará uma palestra em Vitória nesta quarta-feira (26), às 15h30, e deverá abordar o “plano salarial” anunciado para ser apresentado após o segundo turno das eleições, em caso da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). A proposta orçamentária de 2023 enviada recentemente pelo governo federal ao Congresso Nacional não prevê reajuste real pelo quarto ano consecutivo.
O evento será realizado no Fucape Business School, do empresário Aridelmo Teixeira (Novo), derrotado ao governo do Estado, e integrante da equipe de campanha bolsonarista de Carlos Manato (PL).
O contexto formado, no entanto, é para separá-lo de atividades políticos-eleitorais, apesar de Guedes chegar a Vitória no mesmo dia do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente da República, para reforçar a campanha política e participar de uma caminhada com Manato. A palestra de Paulo Guedes está na agenda do candidato ao governo, mas a assessoria não detalhou mais informações.
Manato faz caminhada na Serra e em Vila Velha, a partir do meio-dia, participa de entrevista a uma emissora de TV, às 14 horas, e, depois, segue para o encontro com o ministro. Na Fucape, o cenário é o mesmo: nenhuma informação oficial sobre o evento, apenas notícias de basstidores.
No último dia 19, o jornal Folha de S. Paulo noticiou o vazamento de um “plano”, que alteraria as regras sobre o reajuste do salário-mínimo e das aposentadorias e benefícios do regime geral de previdência social. A notícia repercutiu negativamente na campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Na prática, a adoção da medida permitirá que os benefícios previdenciários – cuja projeção de despesas é de R$ 859,9 bilhões em 2023 – sejam corrigidos abaixo da inflação, além de alcançar o salário mínimo e o seguro-desemprego.
Paulo Guedes pretende lançar um “novo marco fiscal”, que visa a “quebrar o piso”, criando uma espécie de licença para gastos extrateto, mas segurando os benefícios previdenciários ou atrelados ao salário mínimo, o que afetaria os demais direitos sociais a eles vinculados.
Segundo a reportagem, no “Plano Guedes”, seria adotado um conjunto de medidas para “frear o crescimento de despesas que hoje pressionam o Orçamento – entre elas os benefícios previdenciários ou atrelados ao salário-mínimo”.
Está prevista a desindexação do salário mínimo e dos benefícios previdenciários, hoje corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, o que assegura a reposição da perda inflacionária para famílias com renda de até cinco salários mínimos, como informa a reportagem.