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Paulo Roberto deixa a Casa Civil para assumir a Fazenda

O Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (22) traz um remanejamento surpreendente na equipe do governador Paulo Hartung. O comando interino da Secretaria da Fazenda, que passou para as mãos de Cristiane Mendonça  desde junho – quando Ana Paula Vescovi foi convidada para assumir o Tesouro Nacional -, ganhou um novo titular: Paulo Roberto Ferreira, que deixa a chefia da Casa Civil para assumir a pasta mais estratégica do governo.

No lugar dele, quem assume a interlocução com a classe política é José Carlos da Fonseca Júnior. O diplomata estava cedido à Secretaria de Desenvolvimento do Estado. As mudanças foram interpretadas como mexidas políticas, e não técnicas.

A saída de Cristiane Mendonça surpreendeu o mercado político. Como a economista havia ocupado a pasta no segundo mandato de Hartung, acreditava-se que ela seria efetivada no cargo. Mas Paulo Roberto é homem de confiança do governador Paulo Hartung e mais adequado ao projeto em curso. Engenheiro mecânico de formação, Paulo Roberto atuou na Petrobras antes de seguir carreira política.

Não é exatamente um técnico na área econômica, mas um nome que pode dar continuidade à política econômica do governador. Um comandado disposto a cumprir à risca a política de cortes do governo sem fazer questionamentos. Com a política econômica definida, Hartung precisa mais de um “cão de guarda” para vigiar a chave do cofre do que propriamente de um técnico com o perfil mais semelhante ao da antecessora.

Já a mudança na Casa Civil pode trazer algum alento à classe política. Zécarlinhos, como é conhecido o novo secretário, parece ter mais traquejo na articulação com a base do que Paulo Roberto, que colecionava reclamações das lideranças.

Quando Roberto Carneiro era o subsecretário na Casa Civil, o diálogo era estabelecido com ele, antes de chegar ao secretário, tido como mais truculento e inábil para fazer as costuras políticas. Com a saída do subsecretário para compor o palanque de Amaro Neto (SD) em Vitória, as conversas com a Casa Civil teriam ficado mais complicadas.

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