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Pazolini tira microfone da mão de sua vice em evento da Prefeitura de Vitória

Vídeo sobre o caso repercute nas redes sociais e Capitã Estéfane (Patri) voltou a denunciar silenciamento

Mais uma vez, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), impediu a vice-prefeita de Vitória, Capitã Estéfane (Patriota), de falar em um evento da gestão municipal, nesta quarta-feira (9). Em um vídeo que repercute nas redes sociais, Pazolini tira o microfone das mãos de Estéfane, impedindo-a de se pronunciar durante uma ordem de serviço, em Jardim Camburi. A vice-prefeita já havia denunciado uma situação semelhante na segunda (7), também protagonizada pelo gestor, durante a entrega de viaturas da Guarda Municipal, na Praça Costa Pereira, no Centro.

Após ter o microfone retirado de suas mãos, Estéfane fez uma transmissão ao vivo, classificando a atitude do prefeito como “absurdo, desrespeito à população capixaba, um desrespeito ao valor do voto”. Afirmou ainda que isso tem sido recorrente, que não vai mais silenciar, e que Pazolini agiu “de forma imatura, como sempre, irresponsável”.

“O prefeito novamente deu fala para todas pessoas presentes, mas não me deu possibilidade de falar, mesmo sendo vice-prefeita. Tentei fazer uma fala mesmo sem ser citada pelo cerimonial, mas fui impedida. O prefeito tomou o microfone, porque ele é dono do microfone. Continuo sendo vice-prefeita eleita da Capital e exijo respeito pelo mandato que exerço, que fui eleita junto com ele”, protestou.

Durante a transmissão, a vice-prefeita também falou sobre a importância do equipamento inaugurado, ou seja, disse aquilo que foi impossibilitada diante do público, conforme o cargo que ocupa a credencia.

A atitude de Pazolini repercutiu nas redes sociais. A vereadora e deputada estadual eleita, Camila Valadão (Psol), publicou em seu perfil no Instagram o vídeo no qual o prefeito tirou o microfone das mãos da vice-prefeita e prestou solidariedade a ela na sessão da Câmara de Vitória.

“Vale ressaltar que, assim como o prefeito, ela também foi eleita. A capitã, vice-prefeita, também foi eleita. Essa é uma eleição de chapa, portanto, os votos são da chapa”, enfatizou, destacando que a capitã está sendo “cerceada no exercício de sua função”. “Isso não é mi mi mi, é exigir o direito dela de exercer na plenitude seu mandato como vice-prefeita”, reforçou. Afirmou ainda que o ocorrido trata-se de um “absurdo, ainda mais se tratando de uma mulher negra que ocupa um cargo importante da cidade de Vitória”.

A vereadora da Capital, Karla Coser (PT), também se pronunciou durante a sessão. “O prefeito foi eleito numa chapa com a Capitã Estéfane, com o dinheiro, inclusive, que veio para a campanha por ela ser uma mulher negra, e a gente tem esse recurso do fundo eleitoral destinado a isso, e ela no exercício da sua função de vice-prefeita foi desprestigiada”, criticou. A vereadora observou que já participou de vários eventos da prefeitura, nos quais a Capitã Estéfane foi tratada “com muita cortesia”, mas isso mudou após a vice-prefeita ter apoiado o governador Renato Casagrande (PSB) no segundo turno das eleições.

Assim como nesta quarta-feira, após ter sido impedida de falar durante a entrega das viaturas da Guarda Municipal, na Praça Costa Pereira, nessa segunda-feira (7), a Capitã Estéfane também denunciou a atitude de Pazolini e falou sobre a importância das novas viaturas para a Guarda e a população de Vitória, em uma transmissão ao vivo no Instagram. 

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