quinta-feira, novembro 21, 2024
24.4 C
Vitória
quinta-feira, novembro 21, 2024
quinta-feira, novembro 21, 2024

Leia Também:

PL confirma Léo Camargo como pré-candidato a prefeito de Cachoeiro

Vereador assume o lugar de Júnior Corrêa, que desistiu da disputa para se tornar padre

Redes Sociais

 “Agora virou a página. Já que o Júnior não quer ser candidato, vamos assumir essa batalha”.

E assim, Léo Camargo (PL) trocou o objetivo de ser reeleito como o vereador mais votado da história de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, para abraçar o sonho de chegar ao cargo máximo do Poder Executivo na cidade. Ele foi oficializado como pré-candidato a prefeito pelo Partido Liberal (PL) na noite dessa quinta-feira (22), em uma reunião da sigla com transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Camargo – um dos maiores opositores do atual prefeito, Victor Coelho (PSB) – assume o lugar que antes era destinado a Júnior Corrêa, seu colega de Câmara e de partido, que surpreendeu na semana passada ao anunciar que abandonará a carreira política para se tornar padre. Uma semana antes do anúncio, Corrêa tornou público um desentendimento com o presidente estadual do PL, o senador Magno Malta.

Na reunião dessa quinta, o recém-assumido presidente do diretório municipal do PL, deputado estadual Callegari, fez questão de ressaltar que “o cara do PL no Espírito Santo não é Bolsonaro, é Magno Malta”, e que o projeto “conservador” para a Prefeitura de Cachoeiro segue forte.

“Com todo o respeito ao Júnior, que eu conheço desde que ele era adolescente e coloquei na política, mas não era o Júnior que estava à frente das pesquisas. Era o 22, era o PL!”, discursou Callegari, fazendo alusão ao fato de que Corrêa era apontado como o favorito para ganhar a eleição à Prefeitura de Cachoeiro.

Léo Camargo também afirmou que chegou a tentar convencer Júnior Corrêa a rever seus planos, mas, como o colega se mostrou firme, “o jogo virou” e ele vai encarar a disputa. “Nunca escondi de ninguém: sempre falei que um dia serei prefeito de Cachoeiro”, revelou.

Callegari também quis desfazer rumores de que Corrêa tentaria esvaziar a candidatura do PL encaminhando seus assessores para outros pré-candidatos de centro-direita. “Liguei para o Júnior e ele me falou que deu liberdade para os assessores, já que não vai continuar, mas ele mesmo não está fazendo isso. Então, se algum assessor do Júnior procurar vocês, não é em nome do Júnior!”, demarcou.

O deputado estadual de extrema direita afirma também que tem conversado com pessoas antes ligadas à candidatura de Júnior Corrêa, como representantes do partido Novo e o deputado estadual e quatro vezes prefeito de Cachoeiro, Theodorico Ferraço (PP).

Léo Camargo e Júnior Corrêa na Câmara de Cachoeiro. Foto: Redes Sociais

Articulações

A saída de Júnior Corrêa da disputa obrigou os atores políticos da direita a recalcularem a rota. Empresários da cidade têm se reunido para redefinir quem seria o escolhido do “setor produtivo”. Zezé da Cofril, pai de Corrêa e vice-presidente do Progressistas (PP), teria preferência por uma candidatura própria da sigla, tendo como cabeça de chapa Norma Ayub, ex-deputada federal e ex-prefeita de Itapemirim, ou seu marido, Theodorico Ferraço. Há sondagens em andamento para avaliar os nomes.

No último dia 17, foi a vez de o Podemos oficializar o deputado estadual Allan Ferreira como pré-candidato a prefeito de Cachoeiro. Entretanto, tudo dependerá da negociação com os também pré-candidatos aliados Diego Libardi (secretário de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho de Vitória, do Republicanos), Bruno Resende (deputado estadual, do União) e Márcia Bezerra (ex-secretária de Desenvolvimento Social de Cachoeiro, do PRD).

Na esquerda, a Federação Brasil da Esperança (PCdoB, PV e PT) deverá referendar o ex-prefeito Carlos Casteglione (PT) como seu candidato na disputa majoritária de outubro, em uma plenária marcada para o próximo dia 1º de março, na Câmara de Vereadores. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) chegou a manifestar desejo de apresentar um pré-candidato, mas Casteglione tem sido apontado como nome de consenso.

O empresário Wesley Corrêa (Rede), que é próximo do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cachoeiro (Sindipúblicos), também lançou pré-candidatura no início deste mês de fevereiro, mas a federação formada por Rede Sustentabilidade e Partido Socialismo e Liberdade (Psol) negocia uma chapa com Carlos Casteglione.

Atualmente, a pré-candidatura que representa o grupo do prefeito Victor Coelho (PSB) é a da secretária municipal de Obras e Manutenção e Serviços, Lorena Vasques (PSB). Coelho é o principal aliado de Renato Casagrande no sul do Estado, mas todos os outros pré-candidatos – com exceção do PL – apoiam o governador e disputam a sua preferência.

Mais Lidas