Por suspeita de prática de “rachid”, o vereador de Vila Velha Osvaldo Maturano (PRB) foi alvo nesta sexta-feira (19) de uma busca apreensão em sua residência, como padre da Operação Endosso, da Polícia Federal. Foram apreendidos documentos e recibos, por determinação do juiz Flávio Jabour Moulin, da 7ª Vara Criminal de Vila Velha.
A operação, que busca desbaratar um esquema criminoso de apropriação indébita de parte dos salários de seus servidores públicos, contou com participação de agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Vinte policiais federais participaram das buscas, cumprindo cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Vila Velha e Viana, residência dos envolvidos.
Além da casa de Maturano, no bairro do Ibes, a operação foi realizada, também, nas residências de Joariel Moreira Baptista, Bruno Freitas de Moraes e Jilson Ferreira Fritz, assessores do vereador, que também é empresário da área de Educação de Trânsito (autoescola).
Segundo a Polícia Federal, que não divulgou o nome dos envolvidos, as investigações indicam que alguns assessores devolviam parte da remuneração que recebiam da Câmara de Vila Velha para o vereador que os indicou.
Os repasses eram realizados através de saques de contas bancárias dos assessores acompanhados de imediatos depósitos em contas de terceiros, além da conta de uma empresa do vereador. Os investigados poderão responder pelos crimes de concussão (art. 316 do CPB) e Lavagem de Dinheiro (art. 1º da Lei 9.613/98), cujas penas somadas poderão alcançar quatro a 14 anos de reclusão.
Maturano está no seu segundo mandato na Câmara de Vila Velha e tentou em 2014 e no ano passado se candidatar à Assembleia Legislativa, sem sucesso.