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Policiais antifascismo debatem neste sábado as causas da violência

A policial civil Maria Helena Vasconcelos, da coordenação do movimento antifascismo, defende o debate mais aberto

“A violência que nos cerca tem causas e consequências e, quando nos calamos, seja qual for o motivo, outros decidem por nós”, afirma a policial civil Maria Helena Vasconcelos, uma das coordenadoras nacionais do Movimento Policiais Antifascismo, que neste sábado (9) promove o I Encontro Estadual para debater com especialistas a questão da segurança pública, drogas, política e conjuntura atual.

O evento, aberto ao público, será realizado das 9 às 17 horas, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), em Vitória.

Essas questões serão abordadas pelos professores Vitor Neves, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em palestra sobre “Direitas, fascismo e neofascismo hoje”; o também professor, da Universidade de Vila Velha (UVV), Pablo Ornelas, que falará sobre “Drogas, hipermilitarização e desinformação nas mídias sociais”, e a coordenadora do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários), Rita Lima, que fará uma exposição sobre a conjuntura atual.

Com graduação em economia e mestrado em educação, Rita Lima vê a conjuntura atual em situação de crise, a partir de conflitos do capitalismo mundial, agravado pela guerra na Ucrânia, pandemia e outros fatores, que possibilitaram a ascensão de governos conservadores e autoritários. Ela cita a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do auxílio de Bolsonaro, pela qual o governo usa dinheiro público no processo eleitoral pessoal.

O Capitão Sousa, integrante do movimento e pré-candidato a governador nas eleições de outubro pelo PSTU, acha que é preciso “promover uma completa reformulação na polícia. A militarização retira do policial o direito a plano de carreira, jornada de trabalho, carga horária definida e reivindicação de direitos”.

Para ele, “a demagogia da criminalização das drogas lança sobre policiais um serviço que é da saúde pública – lidar com o seríssimo problema da dependência química”.

Quanto à comercialização das drogas, no entendimento do capitão, “a proibição garante o mercado ilegal, o tráfico de armas e a lavagem de dinheiro, atendendo portanto aos interesses de um sistema político e econômico em nada preocupados com a miséria, com as milhares de mortes geradas na periferia ou com o suicídio de policiais”.

Ele destaca: “Mais do que um movimento social, precisamos de um movimento de massas que imponha a democratização da polícia e a transformação radical do sistema político”.

Maria Helena acredita que, “para possibilitar essa construção, que é coletiva, temos que entender a conjuntura atual, a atuação das direitas, o que é fascismo, neofascismo, política de drogas, hipermilitarização”. Ela diz que o convite é para toda a sociedade e, junto ao outro coordenador do movimento, Vinícius Querzone, ressalta a importância do debate aberto: “Os participantes não serão apenas ouvintes, mas terão voz”.

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