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​Povo toma as ruas neste sábado em 260 cidades em protesto contra Bolsonaro

José Rafael Scardua diz que “Bolsonaro representa tudo o que não presta no ser humano”

“Tem que botar esse cara pra fora, porque ele é o mal encarnado em figura de gente”, diz José Rafael Scardua, 75 anos, aposentado, residente em Vitória. Ele é um dos milhares que neste sábado (2) tomarão as ruas nas manifestações em protesto contra Jair Bolsonaro, já confirmadas em 260 cidades e 15 países. Os organizadores esperam que esta será a maior das seis já realizadas desde maio.

No Espírito Santo, como no restante do País, a mobilização envolve partidos políticos, movimentos sociais, sindicais e estudantis. A população sairá às ruas para exigir o impeachment de Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão (PRTB-RS), quando o Brasil atravessa a maior crise médico-sanitária da história, em consequência da Covid-19, agravada por ineficiência da gestão, geradora de impactos negativos na economia.

Nesse cenário, destacam-se mais de 14 milhões de pessoas desempregadas, fome, miséria, aumento da violência e supostos casos de corrupção no governo. “A cada fala desse cara o Brasil afunda mais. É o gás, a comida, os preços de tudo aumentando, não dá mais”, aponta José Rafael Scardua, que destaca: “Bolsonaro representa tudo que não presta no ser humano. E ainda diz que é cristão”, arremata ele, católico praticante, para afirmar: “Cristão não faz o que ele faz”.

Scardua cita os casos de “rachadinha” na família do presidente e outras suspeitas de corrupção, entre elas a compra das vacinas, como vem sendo revelado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. “Vou nesta manifestação e em todas as outras, não podemos aceitar essas coisas”, afirma, confirmando quem estará junto aos manifestantes que sairão do Campus de Goiabeiras da Universidade federal do Espírito Santo (Ufes), às 14 horas, e seguirão em direção até a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), em Santa Lúcia.

“Eu espero que seja a maior”, diz Clemildes Cortes Pereira, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que nesta sexta-feira continuava a mobilização e confirmava a participação de partidos como Rede, PSB e PDT, que se juntarão no protesto ao PCdoB, PSTU, PCB, e aos movimentos Fora Bolsonaro, Frente Brasil Popular, Povo na Rua, Impeachment Já, Lula Livre, Geração 68, Diretório Central de Estudantes da Ufes (DCE), Movimento Sem Terra (MST), Agricultura Familiar, sindicatos e centrais sindicais.

As manifestações deste sábado ocorrem no momento da mais grave crise nas áreas sanitária, econômica, política e, mais recentemente, diplomática, provocada pelo governo Bolsonaro. Milhares de trabalhadores, partidos políticos, movimentos sociais e estudantis e centrais sindicais se organizam para motivar a sociedade, quando o presidente atinge o mais alto índice de rejeição.

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