A Assembleia Legislativa, maior centro convergente de políticos, só retoma as sessões na segunda-feira
Encerrado o Carnaval, o mundo político se volta para as pré-campanhas eleitorais. A Assembleia Legislativa, maior centro convergente da política estadual, retoma o funcionamento nesta quinta-feira (15), mas as sessões ordinárias somente retornarão na segunda-feira (19). Entre os pré-candidatos, a busca de moedas fortes para aumentar o capital político.
Apesar das regras rigorosas da Justiça Eleitoral, as entregas de obras, os cargos comissionados, festas populares, de modo especial o Carnaval, são elementos essenciais para o fortalecimento de nomes que irão concorrer nas eleições municipais de outubro e, também, para promoção pessoal de lideranças políticas.
Em Vitória, a maior festa de rua do planeta, encerrada nessa terça-feira (13), no entanto, tende a deixar um saldo negativo para o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) de forma direta, e também para o governador Renato Casagrande (PSB). As ações violentas da Guarda Municipal e de destacamentos da Polícia Militar, no Centro da cidade, motivaram crítica à ausência de um plano de dispersão e de um protocolo para a atuação dessas forças públicas. A deputada estadual e a pré-candidata a prefeita, Camila Valadão (Psol), disse que irá cobrar medidas que possam resguardar a população e garantir as manifestações populares, onde se concentram significativa parte do eleitorado.
Para o professor e cientista político Darlan Campos, “de maneira geral, qualquer campanha política visa conquistar o apoio dos eleitores, pois é por meio de seus votos que se alcança a vitória almejada. Com estratégias definidas, mensagens claras, segmentação de públicos-alvo e publicidade criativa, as campanhas buscam promover o candidato como a melhor opção eleitoral”.
Ele explica que “toda campanha eleitoral parte de um trabalho prévio, seja construído por meio de atividades sociais ao longo do tempo, ou baseado na carreira política prévia do candidato. Portanto, a campanha não começa do zero, mas é construída sobre uma base de apoio existente”.
Na repercussão eleitoral do Carnaval em Vitória, segundo os círculos políticos, não foi positiva para o prefeito da Capital, considerando as ocorrências antes mesmo dos três dias de festejos relacionadas à montagem da estrutura para o desfile de blocos. Esse cenário foi agravado com as ações no encerramento na noite de terça-feira e deverá ser abordado nas casas legislativas na próxima semana.
“Nas campanhas políticas é comum implementar mecanismos de mobilização eleitoral, mesmo sem uma estratégia rigorosa de rua. Não se deve depender exclusivamente de um único método de mobilização, pois isso pode levar à derrota”, destaca Darlan Campos. Ele acrescenta que “é importante reconhecer que os apoiadores da campanha têm diferentes capacidades de recrutamento, e é um erro presumir que todos podem contribuir da mesma maneira”.