O grupo de quase 100 pré-candidatos a vereador pelo PSDB em Vila Velha, capital político valioso do prefeito Max Filho, corre o risco de ser abalado com desfiliações do partido de alguns de seus membros, que foram bem votados em 2016. Eles rejeitam a filiação de quem já exerce mandato na Câmara Municipal, por acharem que ficam em desvantagem com o fim das coligações partidárias, que já vale nas eleições de 2020.
Entre as novas filiações em andamento, alguns pré-candidatos apontam o vereador Rogério Cardoso, do DEM, segundo eles, de “malas prontas para se transferir par o PSDB”, como afirma Wedson Boneli, um dos insatisfeitos. Liderança da região de Paul, Boneli obteve 1,8 mil votos nas eleições de 2016.
Ricardo Pires, da região da Glória, com 1,5 mil votos na última disputa municipal, pontua que “houve um acerto para não permitir filiações de última hora, com a abertura da janela para vereadores, em março de 2020″. Para ele, “querem aproveitar o prestígio do prefeito, que saberá como conduzir esse processo”.
Integram o bloco de pré-candidatos o Dr Jailson Totola, que alcançou 1,2 mil votos nas últimas eleições; Fabrício Tracquivel, com 1,6 mil votos em 2016; Leo Garçoni, com 1,5 mil votos, e ainda: Welber Visel, Renzo, Alex Receputi, Fabio Barcelos, Leo Guarconi, Djonei, Ana Paula, Wekerson, Tadeu Spalenza, Duda da Barra, Javarini, Mamute, Dil Sagaz e Sandra Freitas.
Com um programa de obras de peso no município, somado ao controle do PSDB e do Avante, do vice-prefeito Jorge Carreta, o prefeito Max Filho trabalha para equilibrar as articulações entre os vereadores Rogério Cardoso e Ivan Carlini, presidente da Câmara, ambos do DEM, e lideranças comunitárias temerosas com as novas filiações.
Representantes do bloco de pré-candidatos pretendem ampliar a conversa, incluindo além do prefeito, a nova presidente do PSDB, Neymara Carvalho, eleita o último dia 3, encarregada pelo prefeito de trabalhar as novas filiações.
