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Pré-candidatura de Lorena Vasques poderá ser retirada em Cachoeiro

Motivo seria o mau desempenho em pesquisas eleitorais; Ferraço e Casteglione tendem a se beneficiar

Divulgação

A pré-candidatura de Lorena Vasques (PSB) a prefeita de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, está muito próxima de ser retirada, segundo informações apuradas por Século Diário. Ainda não há uma definição, mas o assunto é debatido internamente, e um anúncio poderá ser feito já nas próximas horas pelo grupo político do prefeito, Victor Coelho (PSB).

O motivo principal da desistência seria a dificuldade de a ex-secretária subir nas pesquisas eleitorais. Levantamento do Instituto Solução publicado pelo jornal Aqui Notícias nessa segunda-feira (29) coloca Lorena em último lugar, com 5% dos votos.

Advogada, Lorena Vasques experimentou grande ascensão ao longo da gestão Victor Coelho. No primeiro mandato, de 2017 a 2020, atuou como pregoeira, presidente da Comissão Permanente de Licitações e depois coordenadora de Compras Governamentais. Na virada do primeiro para o segundo mandato, tornou-se secretária municipal de Administração, de onde migrou para a secretaria de Manutenção e Serviços, em maio de 2023.

Ela tornou-se uma figura onipresente nos eventos oficiais da prefeitura e em vídeos de trabalhos de rua de funcionários das pastas que chefiava. Internamente, aliados tentaram fazer colar o apelido de “a secretária que nunca dorme”. Lorena se desincompatibilizou dos cargos que acumulava em junho para entrar na disputa eleitoral

Caso deixe de fato a candidatura, a tendência, segundo informações de bastidores, é que Lorena Vasques assuma algum cargo na gestão estadual de Renato Casagrande (PSB), de quem Victor Coelho é aliado de primeira hora. Uma opção para continuar participando da disputa seria entrar como vice de Carlos Casteglione (PT), o único pré-candidato a prefeito que ainda não fechou uma chapa, mas essa não parece ser a vontade de Lorena e de Victor Coelho.

Com uma provável saída de Lorena do jogo eleitoral, a tendência é que os partidos da base do prefeito migrem para outros dois candidatos. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) já mantém conversas com Theodorico Ferraço (PP). A tendência é que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) siga o mesmo caminho, mas não há definição. Já o Partido Democrático Trabalhista (PDT) tem mais simpatia por Carlos Casteglione, mas também não é possível cravar nada por enquanto.

Ou seja, um movimento de desistência de Lorena tende a beneficiar Theodorico Ferraço e Carlos Casteglione. O petista, que tem aparecido nas últimas colocações nas pesquisas e com índice alto de rejeição, conseguiria uma unificação de fato do campo progressista para lutar contra a divisão de candidaturas da direita. Já Ferraço é o líder disparado do processo eleitoral, e teria a possibilidade de ampliar a sua coligação partidária e até mesmo reivindicar um apoio declarado de Casagrande.

O vice de Ferraço é o vereador Júnior Corrêa (Novo), que quase saiu da disputa majoritária para tentar se tornar padre. Diego Libardi (Republicanos), segundo colocado na pesquisa do Insituto Solução, tem como vice a nutricionista Rafaela Donadeli (União), esposa do deputado estadual Dr. Bruno Rezende. Já o bolsonarista Léo Camargo (PL), empatado tecnicamente com Libardi, anunciou nessa segunda-feira (29) o empresário Rodolfo Sabino (PL) como vice em sua chapa.

Carlos Casteglione, por sua vez, aguarda a definição sobre a situação de Lorena Vasques antes de definir um vice. Na próxima quinta-feira (1º), acontecerá a convenção da Federação Brasil da Esperança – Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV) – e da federação formada por Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e Rede Sustentabilidade.

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