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Pré-candidaturas buscam espaço para estruturar campanha eleitoral

João Coser (PT) e Camila Valadão (Psol) seguem firmes com os palanques no campo da esquerda

Uma dúvida paira sobre as duas pré-candidaturas do campo da esquerda à Prefeitura de Vitória, lideradas por Camila Valadão (Psol) e João Coser (PT), já lançadas no mercado e consideradas com fortes chances de chegar ao segundo turno: a aliança PT/Psol na cidade de São Paulo, maior e mais relevante colégio eleitoral do País, para garantir a eleição a prefeito de Guilherme Boulos (Psol), com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) de vice.

“A pré-candidatura segue firme e em março começaremos a cuidar da campanha”, informa e deputada, com a ressalva, contida na resposta a Século Diário sobre o cenário em São Paulo e outros estados. “Por iniciativa nossa nada irá mudar, só se partir da Nacional”. Localmente, enfatiza, não haverá mudanças, mas esse cenário pode se alterar se a aliança na capital paulista se estender até o Espírito Santo.

O deputado João Coser, o nome do PT para as eleições deste ano em Vitória, disse, ao ser perguntado sobre a pré-candidatura de Camila: “Estamos conversando e, com certeza, estaremos juntos, no primeiro ou no segundo turno”. Ele adianta que começa a estruturar a campanha a partir de março, mês no qual Camila também pretende ampliar a movimentação.

Entre os pré-candidatos da direita bolsonarista e do centro-direita, o foco é conseguir manter o nome no bloco de pretendentes ao cargo de prefeito. Seguidor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado estadual Capitão Assumção (PL) aponta sua mira para o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), também do bloco bolsonarista, e destaca: “Afirmo que eu sou o nome que representa o bloco da direita conservadora e não o prefeito Pazolini”.

Vale-se do posicionamento do prefeito, que, apesar de apoiador do ex-presidente Bolsonaro, inelegível e ameaçado de prisão, se mostra mais comedido em relação ao cenário nacional. Os dois, Assumção e Pazolini, disputam fatias do eleitorado com peso desde as eleições de 2018, os evangélicos conservadores, voltados para pautas morais, e origem também das chamadas fake news.

No centro-direita, buscam firmar o nome o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), os deputados Fabrício Gandidi (PSD) e Tyago Hoffmann (PSB), e o ex-deputado Sergio Majeski, que no próximo dia 22 se filiará ao PDT.

A aposta do PT, neste ano, é eleger o máximo de candidatos em prefeituras, com maior foco nas capitais. A estratégia mira a boa aceitação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para reverter o fiasco da eleição de 2020, ano que não conseguiu eleger prefeitos em nenhuma das 26 capitais brasileiras.

O deputado João Coser, apontado nos meios políticos como um das pontas da polarização com Lorenzo Pazolini, oficializou a pré-candidatura em outubro. Prefeito da Capital por dois mandatos, 2005-2012, ele defende que é preciso retomar o protagonismo no processo de desenvolvimento econômico e social da principal cidade do Espírito Santo. Em 2020, Coser obteve 42,50% dos votos no segundo turno, perdendo para o atual prefeito, com 51,59%.

Já a pré-candidatura de Camila, apontada como forte nome no cenário político, foi anunciada em setembro do ano passado. A resolução do partido ressalta os resultados eleitorais vitoriosos obtidos nas eleições de 2020 e 2022, elegendo a primeira vereadora negra da cidade de Vitória e a mulher mais votada da história do Espírito Santo na Assembleia Legislativa.

Com vitórias expressivas nas eleições anteriores, Camila obteve o maior quantitativo de votos entre as candidaturas de deputados estaduais e federais em 2022 na cidade de Vitória, com 16,5 mil votos, e foi eleita para o cargo de deputada estadual com 52,2 mil votos.


Dois palanques?

Camila Valadão e Coser, representantes da esquerda, sentam-se à mesa da eleição em Vitória


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/dois-palanques

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