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Prefeito de Baixo Guandu tem quase 100% de aumento e salário vai a R$ 23 mil

Projeto que beneficia Lastênio Cardoso teve apenas dois votos contrários na Câmara de Vereadores

Divulgação

Com a maioria da população de pouco mais de 31 mil habitantes ganhando em média pouco mais de um salário mínimo, a Câmara de Baixo Guandu, noroeste do Estado, aprovou na noite dessa segunda-feira (7) um aumento salarial de quase 100% para o prefeito, vice, secretários e vereadores. O índice, muito acima dos 6% e 10% de reposição salarial dados pelo governo do Estado aos servidores públicos, é aproximadamente nove vezes mais a inflação do período, que é de 10,04%.

Com apenas dois votos contrários dos 13 vereadores, de Alderino Gonçalves (Patri) e Sueli Alves Teodoro (PCdoB), o prefeito Lastênio Cardoso (Solidariedade), cumprindo o terceiro mandato, passará a ganhar mensalmente R$ 23 mil, quase o dobro dos R$ 12 mil que vinha recebendo desde que tomou posse, em 2021. Os vereadores passarão de R$ 4,8 mil para R$ 7,5 mil. O projeto aprovado eleva, também, o salário do vice-prefeito de R$ 4,8 mil para R$ 12 mil, e dos secretários municipais, que passarão a ganhar R$ 9 mil.

A vereadora Sueli Alves Teodoro acha o projeto absurdo e aponta que o próprio prefeito reclama da falta de dinheiro e diz que a gestão municipal está endividada. “Mais grave é que nós não tivemos tempo de analisar o projeto, que foi protocolado pela Mesa Diretora na sexta-feira, quando a Câmara já estava fechada, e votado às pressas na segunda”, destaca.

Os vereadores aprovaram ainda, por unanimidade, a concessão de um tíquete-alimentação para os servidores, no valor de R$ 200 mensais; aumento do valor de diárias do prefeito, vice e servidores, e ainda um vale gás para determinadas categorias.

O prefeito Lastênio Cardoso fez um pronunciamento durante a sessão de votação e anunciou obras para a cidade, entre elas a pavimentação da rua principal do patrimônio do Divino (Tamanco) e também da via que liga a BR-259 ao centro da cidade. Diante da polêmica que se formou, a Mesa Diretora da Câmara tentou esclarecer que o aumento salarial dos vereadores só passará a valer na próxima legislatura, mas deixou sem explicação o início de vigência de outras categorias funcionais, inclusive do prefeito.

Para Sueli Alves Teodoro, essa afirmação não se sustenta no projeto. Ela e o vereador Alderino Gonçalves protestam contra a forma de tramitação do projeto, impedindo uma análise mais apurada dos vereadores.

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