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Prefeito de Montanha recua em projeto das Organizações Sociais

André Sampaio anunciou audiências públicas para discutir PL. População lotou a Câmara em protesto contra a proposta

Antevendo uma derrota no legislativo municipal, o prefeito André Sampaio (PSB), de Montanha, extremo norte do Estado, retirou o projeto nº 9/2021, que estava em pauta na sessão desta sexta-feira (23), de autoria do executivo, que trata da contratação de Organizações Sociais (OSs) para a gestão da Saúde e da Educação.

Reprodução

Em suas redes sociais, o prefeito explicou que “o projeto foi discutido de maneira errada, sem discutir os benefícios ou não” e que “muitos me procuraram, líderes religiosos, empresários, e, ouvindo nossa população, gostaria de discutir melhor com vocês, então vamos retirar da pauta”.

Agradecendo “a compreensão da Câmara”, André disse que irá realizar “audiência pública física” e também irá levar o debate para a internet. “Não temos pressa desse projeto. Temos pressa, sim, em fazer o melhor para você, mas que seja de uma maneira consciente, de que você de fato entenda, e principalmente que você venha discutir o projeto”.

Finalizando a justificativa, disse que “comecei esse projeto discutindo com os vereadores e agora vou terminar discutindo com você, a nossa população”. 

Divulgação

O vídeo foi veiculado no início da manhã, quando a população já lotava a Câmara, pronta para impedir a aprovação do PL, caso ele fosse de fato levado à votação.

A Século Diário, vereadores e moradores relataram que, antes de anunciar a retirada de pauta, o prefeito ainda tentou, nessa quinta-feira (22), convencer os vereadores, convocando uma reunião com gestores municipais da Saúde, mas que os poucos vereadores que compareceram firmaram sua posição contrária à matéria.

Essa foi a segunda tentativa frustrada de contratar as OSs para Montanha. Na primeira, há duas semanas, o presidente da Câmara, vereador Allan Côrtes (MDB), atendendo à pressão da população, retirou a matéria da pauta da votação.

“Dos exemplos de OS que gerem o serviço de saúde em todo país que pesquisamos, em quase todos eles houve situações que levaram o serviço público a graves problemas, e eu não quero isso para o nosso município”, argumentou, na ocasião, o vereador Clebio PM (PMN), um dos contrários ao projeto.

Nessa segunda tentativa, diante de uma mobilização popular ainda maior, foi o próprio Executivo quem tomou a medida. “Ele só tirou o projeto pouco antes do horário marcado pra votação, porque sabia que ia perder”, contou um morador, que pediu anonimato. 

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