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Prefeituras da Grande Vitória seguirão nas mesmas mãos nos próximos quatro anos

Somente a Serra não registrou reeleição, mas emplacou apadrinhado, Weverson Meireles

A posse dos prefeitos nos principais colégios eleitorais da Grande Vitória, nesta quarta-feira (1º), consolida a manutenção do poder nas mãos dos mesmos grupos políticos nos próximos quatros anos, com votações expressivas de Wanderson Bueno (Podemos), em Viana; Euclério Sampaio (MDB), em Cariacica; e Arnaldinho Borgo (Podemos), em Vila Velha. Na Capital, Lorenzo Pazolini (Republicanos) conseguiu liquidar a fatura no primeiro turno, e a Serra foi o único município onde não teve reeleição, mas quem levou o pleito foi um apadrinhado, Weverson Meireles (PDT).

O líder de votos foi Wanderson Bueno, com 92,4% das urnas a seu favor. O principal adversário do prefeito, Fabrício Machado (PV), recebeu apenas 5,22%, e a terceira candidata, Luzinete Deolindo (DC), 2,28%.

O prefeito de Cariacica veio na sequência, com 88,4% contra 9,08% da professora Célia Tavares (PT), que em 2020 foi com ele ao segundo turno. Dessa vez, Euclério consolidou uma frente ampla que não deu chances ao crescimento da petista, sua única concorrente.

Em Vila Velha, Arnaldinho também garantiu uma alta votação, com 79,04%, derrotando com folga o bolsonarista Coronel Ramalho (PL), que alcançou 17,2%. O município teve outros candidatos: João Batista Babá (PT), que marcou 2,59%; e Professor Nicolas Trancho (Psol), Maurício Gorza (PSDB) e Gabriel Ruy (Mobiliza), todos com menos de 1%.

Já o prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT), que abriu mão da disputa à reeleição alegando questões familiares, conseguiu eleger um até então total desconhecido da população, seu pupilo, Weverson Meireles (PDT), mesmo enfrentando um adversário tradicional, o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), e o deputado estadual e ex-vereador, Pablo Muribeca (Republicanos). Audifax ficou pelo caminho logo no primeiro turno, o que surpreendeu o mercado político, e Weverson venceu Muribeca por 60,4% a 39,5%.

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Em comum entre esses quatro palanques vitoriosos, a aliança com o governador, Renato Casagrande (PSB), que rendeu manifestações públicas de apoio, pedidos de votos e vultosos investimentos em obras. O único de fora do arco foi Lorenzo Pazolini, que enfrentou dois ex-prefeitos, João Coser (PT) e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), e frustrou a expectativa dos adversários ao ganhar a disputa já na primeira fase. Pazolini foi votado por 56,2% dos eleitores, enquanto Coser por 15,6%, e Luiz Paulo por 12,4%. Também disputaram a prefeitura o deputado estadual Capitão Assumção (PL), que atingiu 9,5%; a deputada Camila Valadão (Psol), com 5,7%; e Du (Avante), com 0,42%.

Os resultados eleitorais nos municípios já projetam os cenários da sucessão ao Palácio Anchieta em 2026. Do lado de Casagrande, entram na lista, que já tem o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), os prefeitos Arnaldinho e Euclério Sampaio, e Vidigal, que ainda não admite assumir um cargo no governo para pavimentar futuros planos, contrariando os comentários de bastidores. Por ora, o cotado ao Senado seria o próprio Casagrande, projeto que encerraria sua carreira política.

Do lado da oposição, quem se cacifou para a disputa foi Lorenzo Pazolini. Os planos estão amarrados com o PP, do deputado federal Da Vitória, que fez a vice-prefeita de Vitória, Cris Samorini, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Findes), e representante, portanto, do empresariado.

Outra peça que apareceu no jogo, aos 45 minutos do ano de 2024, foi Paulo Hartung (sem partido). Os acenos iniciais indicam filiação ao PSD, para comandar a fundação Espaço Democrático, voltada para estudos e formação de novos quadros. Embora conhecido por emitir sinais sem efetivar os projetos, a movimentação, inevitavelmente, subiu as cotações do mercado para um retorno do ex-governador à cena, com uma candidatura ao Governo do Estado ou Senado.

Mas, somando recentes elogios de Hartung feitos a Pazolini, como “nova liderança política do Estado”, e suas ligações com a Findes, ganharia mais força a formação de uma chapa ao Senado. Neste caso, o PSD, que hoje está alinhado com Casagrande, mudaria de lado e fecharia a trinca partidária ideal para tentar derrubar o grupo que está no poder desde o início de 2019.

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