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Professores, ex-prefeito, pastores e policial federal são cotados ao Senado

Célia Tavares e Reinaldo Centoducatte assinaram livro de candidatos do PT e aguardam definições

Com a proximidade da época de definições de partidos e domicílios eleitorais e formação de federações, com início no mês de abril, conforme as regras estabelecidas pela Justiça Eleitoral, a relação de pré-candidatos ao Senado para preenchimento de uma única cadeira do Espírito Santo, começa a tomar forma. A vaga será aberta com o término do mandato da senadora Rose de Freitas (MDB), concorrente à reeleição, que, a depender das articulações em andamento, poderá optar por disputar a Câmara Federal, como apontam lideranças políticas.

Ao nome do ex-senador Magno Malta (PL), cantor gospel e pastor, único já colocado no mercado como pré-candidato, somam-se outros, que ainda dependem de definições em seus partidos. Esse é o caso dos professores Célia Tavares e Reinaldo Centoducatte, ambos do PT; e do também pastor Nelson Junior, que poderá concorrer pelo Avante, o estreante na política, resultante do crescimento dos evangélicos nos círculos do poder político, fruto do bolsonarismo.

Reinaldo Centoducatte, ex-reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e Célia Tavares, ex-secretária de Educação de Cariacica, onde concorreu à prefeitura em 2020, já colocaram seus nomes em redes sociais e esperam definições da legenda, previstas para serem adotadas depois da definição sobre a formação de uma federação. Nessa quinta-feira (24), Célia Tavares e Reinaldo Centoducatte assinaram o livro de candidaturas, na sede do PT.

A relação de candidatos cotados ao Senado inclui ainda o ex-prefeito de Colatina Sergio Meneguelli (Republicanos) e o superintende da Polícia Federal no Estado, Eugênio Ricas, ainda sem partido, apontado no mercado como pré-candidato, embora ele negue, mas que poderá ser alçado a tentar o Palácio Anchieta.

Dos integrantes da relação, o pastor Nelson Junior e Eugênio Ricas são os dois nomes mais “estranhos” na política eleitoral, embora sempre tenham atuado no meio de lideranças com cargos eletivos. No primeiro mandato de Renato Casagrande, Ricas foi secretário de Justiça e na última gestão Paulo Hartung, em 2018, ocupou o mesmo cargo e, depois, a Secretaria de Controle e Transparência. Ele foi também adido da Polícia Federal nos Estados Unidos.

Nos bastidores, o delegado é apontado para concorrer ao Senado, mas, caso o ex-governador Paulo Hartung decida por entrar na disputa, ele seria o candidato ao governo, no grupo que vem sendo formado com a reestruturação de antigos colaboradores de gestão Hartung. Lideranças políticas apontam dificuldades em reestruturar blocos partidários e apoios, em decorrência da crise estabelecida em 2018, quando o então governador desistiu de tentar se reeleger, depois de manter essa decisão em suspense, desequilibrando o cenário e deixando aliados ao abandono.

Já o pastor Nelson Junior, o mais novato na cena política, faz parte de movimentos evangélicos cujo foco é o crescimento da agenda conservadora, com ênfase no antipetismo. Ele é conhecido por ser o autor do projeto “Eu resolvi esperar”, divulgado em igrejas evangélica do país, que prega a abstinência sexual como forma de evitar a gravidez precoce.

Polêmico e objeto de críticas de especialistas que defendem a necessidade de levar mais informações aos jovens, o projeto foi aprovado na Câmara de Vitória com apenas dois votos contrários, das vereadoras Camila Valadão (Psol) e Karla Coser (PT). Agora lei, a proposta é de autoria do presidente da presidente da Câmara, Davi Esmael (PSB), em parceria com o pastor.

Além dessa qualificação, suficiente, segundo o Avante, para concorrer ao Senado, Nelson Junior é citado como “uma pessoa diferenciada, de muita credibilidade, de família, um líder no seguimento religioso que transita muito bem em todas as denominações evangélicas, e também na católica”.

E emenda que ele “se destaca como referência entre o público jovem, onde mais de 40% não são evangélicos, tem projeção nacional, se apresenta nos principais programas de TV em rede nacional de todas as principais emissoras, muitas matérias em jornais, revistas, diversas entrevistas em rádios, participações em lives, eventos, além de palestrar no Brasil e no exterior, dividindo o palco com diversas pessoas de renome e projeção nacional e internacional”.

Já o ex-prefeito Sergio Meneguelli é o nome do Republicanos, com o apoio do deputado federal Amaro Neto, inicialmente cogitado para a disputa. Segundo fonte do partido, a “candidatura está sendo construída e deve se consolidar no tempo certo”. O nome de Meneguelli esteve ameaçado, em decorrência de divergências internas, inclusive com a possiblidade de sua saída das articulações do Republicanos.

No campo do governador Renato Casagrande (PSB), as definições seguem em aberto, amarradas devido às articulações nacionais. A senadora Rose de Freitas tenta se consolidar com a candidata da chapa, mas também se movimenta nesse sentido o coordenador da bancada capixaba, deputado federal Da Vitória, que sairá do Cidadania para se filiar ao PP. Outro nome que já apareceu nas cotações foi do secretário de Estado de Controle e Transparência, Edmar Camata, convidado a se filiar ao Podemos.

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