A manifestação reforçou o grito “Fora Bolsonaro”, rejeitou o governo fascista e exigiu vacina e emprego
Como nas duas últimas manifestações, de 29 de maio e 19 de junho, o evento “Fora Bolsonaro” deste sábado (3) motivou centenas de pessoas (600, segundo estimativa dos organizadores), que desde as primeiras horas da tarde começaram a se concentrar no espaço em frente ao Teatro Universitário, em Goiabeiras. As bandeiras de luta apresentadas rejeitam o governo fascista e genocida, exigem a vacina e o emprego e enfaixam o “Fora Bolsonaro”.
Jovens e idosos, professores e alunos, artistas, intelectuais, políticos, movimentos sociais e o povo em geral se uniram contra o “presidente genocida” e reforçaram o refrão “Empurra que ele cai”. Os povos indígenas foi representado por um grupo da aldeia Caieiras Velhas, de Aracruz, no norte do Estado, que entoou cânticos. O som se misturava ao que saía dos trios elétricos e aos repiniques de escolas de samba, dando om tom de brasilidade ao evento, em meio a bandeiras do PCB, PT, Psol, de movimentos sociais e da bandeiras do Brasil.
A manifestação deixou a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) às 15h10 em direção à Reta da Penha. De saída para entrar na multidão, a jovem universitária Pérola ainda teve tempo de falar rapidamente e afirmar, por trás da máscara, os olhos bem claros apertados, comprimidos por um largo sorriso. “Isso é revolucionário, um resgate, fora Bolsonaro”.
Da mesma opinião é a ex-deputada estadual Brice Bragato, do Psol. “Demoramos muito, mas ressurgimos com muita força, com muita coragem. Não tem mais para Bolsonaro; não é possível que esse país fique engolindo esse sujeito e que o Congresso Nacional não tome vergonha e faça a parte dele”.
Já a deputada estadual Iriny Lopes (PT) enfatizou que a queda de Bolsonaro está próxima: “Com esse terceiro movimento, com todos os acontecimentos desta semana [as denúncias de corrupção na compra da vacina Covaxim] vou usar o conhecido jargão: ‘Empurra que ele cai'”.
Desempregado há um ano, o trabalhador da área de construção civil Francisco Beato não esconde a sua alegria por estar participando do ato: “Meu sentimento de estar aqui é muito grande, de ver essa linda manifestação para essa causa nossa, que é vacina no braço, comida no prato e fora Bolsonaro”. Ele caminha no meio do povo e diz que, apesar de tudo, o sentimento maior é de esperança, o mesmo que toma o ativista Perly Cypriano – “estou emocionado” – e a professora Ana Petronetto.