Sai o coronel Foresti, entra o deputado federal Carlos Manato como candidato ao governo do PSL, do presidenciável Jair Bolsonaro (RJ), em coligação com o PR do senador Magno Malta, que disputará a reeleição. O bloco tem ainda o apoio do PRB, com o deputado Amaro Neto concorrendo à Câmara Federal.
Esse é novo quadro do cenário político capixaba, sinalizando um segundo turno e frustrando os projetos tanto de Rose de Freitas (Podemos) quanto de Renato Casagrande (PSB), que esperavam uma resposta ao convite feito ao senador Magno Malta, líder na corrida ao Senado.
Manato, coordenador da campanha de Bolsonaro no Estado, tem o apoio dos setores militares e aceitou concorrer ao governo depois de várias reuniões com a participação de Magno Malta, Amaro Neto, os deputados Erick Musso (PRB) e Gilsinho Lopes (PR), e o articulador do PRB, Roberto Carneiro.
Além de Magno ao Senado e Amaro à Câmara, o grupo abre a possibilidade de eleger mais dois federais, beneficiando o ex-prefeito de Vila Velha Rodney Miranda (PRB), a cantora gospel Lauriete (PR), mulher de Magno Malta, e Gilsinho. O coronel Foresti vai decidir se disputa como candidato ao Senado ou a deputado estadual.
Com essa coligação, o quadro político no Estado se altera totalmente, principalmente pela participação de dois grandes puxadores de votos, o senador Magno Malta e o deputado Amaro Neto, que teve candidatura ao Senado impedida pela executiva nacional do seu partido.
A formação do bloco garante palanque no Espírito Santo ao segundo colocado nas pesquisas eleitorais, Jair Bolsonaro, atrás do ex-presidente Lula (PT), e que encontrava rejeição nos grupos de Rose e Casagrande.
Com grande aceitação no Espírito Santo, Bolsonaro fortalece o grupo e altera o cenário eleitoral, gerando desconforto nos dois candidatos até então mais competitivos.
Rose esperava uma aliança com Magno Malta para ampliar seu cacife eleitoral, já que só conta com a candidatura ao Senado do delegado Fabiano Contarato (Rede), lançado pelo prefeito da Serra, Audifax Barcelos.
Casagrande acolheu o senador Ricardo Ferraço (PSDB), candidato à reeleição, o que acabou rifando a candidatura ao Senado do deputado estadual Sergio Majeski, aguardando Magno Malta. Como ele não virá, ele conta agora com Ricardo e o inspetor de segurança Marcos do Val, desconhecido do eleitorado.
O PRB, criado na Igreja Universal do Reino de Deus, do empresário Edir Macedo, é controlado no Espírito Santo pelo governador Paulo Hartung, que afirma que não concorrerá à reeleição.