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Psol descarta coligação com o PT no Estado

Em visita a Vitória para agenda partidária, o professor Hamilton Assis, um dos pré-candidatos à Presidência da República pelo Psol, descartou qualquer coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT) para as eleições de 2018, apesar de o partido estar incluído na relação de prováveis aliados de dirigentes petistas. Ele segue, assim, a tendência nacional da legenda para a disputa.

Hamilton participou de debate para discutir a conjuntura nacional na noite dessa sexta-feira (23), no Sindicato dos Bancários, Centro de Vitória. O presidente estadual do Psol, André Moreira, que acompanhou Hamilton e, neste sábado (24), deverá ser indicado candidato ao governo do Estado na plenária do Psol, disse a Século Diário que isso somente poderá acontecer se “vier de lá para cá”. A frase faz referência a integrantes das bases social e política e de parte da vanguarda do PT, que estariam insatisfeitos com o PT.

 
“Fazemos uma crítica radical às alianças de conciliação feitas pelo PT e não podemos aceitar coligações desse tipo”, completou Hamilton, que é pedagogo em Salvador, Bahia, e nas eleições de 2014 foi vice na chapa presidencial do professor Plínio de Arruda Sampaio. 
 
Os dirigentes do Psol afirmam que, por enquanto, as coligações acertadas são com o Partido Comunista Brasileiro, o Partidão, e com  PSTU. E citam ainda alianças com movimentos sociais de esquerda, dentro da Frente Brasil Popular, mas frisaram, sem capitular do programa do partido, que prevê radical reforma estrutural no Brasil, como forma de favorecer as classes trabalhadoras e fugir do controle do capital financeiro. 
 
Hamilton e Moreira também criticaram a política adotada pelo PT, em especial à postura do ex-presidente Lula, que, à frente do governo federal, deixou de fazer uma reforma política, a regulação da mídia e a redemocratização do Estado brasileiro. 
 
Para Hamilton, é preciso estabelecer um debate sobre o controle do capital financeiro no Brasil, principalmente a dívida pública, que hoje já consome cerca de 45% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O momento político nacional, opina, “está ruim e pode piorar”, apontando a intervenção militar no Rio de Janeiro como simbólica nesse sentido. 
 
Além de Hamilton, o Psol trabalha com mais três pré-candidatos: o economista Plínio Jr.; o professor Nildo Ourives, de Santa Catarina; Sônia Guajajara, líder nacional das comunidades indígenas; e o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, no caso de Lula ser impedido de se candidatar. 

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