segunda-feira, novembro 25, 2024
19.9 C
Vitória
segunda-feira, novembro 25, 2024
segunda-feira, novembro 25, 2024

Leia Também:

Psol reforça frente ampla contra Bolsonaro e não define candidatura ao governo

Em Vitória, presidente do partido, Juliano Medeiros, se reuniu com lideranças do PT, como Contarato, e da Rede

O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, em visita ao Estado nesta sexta-feira (18), reforçou a articulação para a formação de uma federação com a Rede Sustentabilidade, no plano nacional, pela qual será definida a candidatura ao governo do Estado. O apoio ao PT também está no debate. Ele chegou a Vitória na parte da manhã e, durante o dia, manteve encontros com lideranças das duas legendas, para cumprir agenda do projeto “Giro do Psol pelo Brasil”.

A partir das 18h30, o presidente do Psol participa de uma reunião com o diretório estadual, no Triplex Lula Livre, Centro de Vitória, quando fará um balanço da visita, e às 19h30, de uma plenária com a militância e movimentos sociais, na praça Costa Pereira.

Medeiros confirmou esforços para formatar uma frente democrática com o objetivo de derrotar Jair Bolsonaro nas eleições de outubro e acenou com apoio ao ex-presidente Lula, líder em todas as pesquisas, com ressalvas. A principal delas é a participação do ex-governador paulista Geraldo Alckmin como vice na chapa para a disputa presidencial. “Vamos sentar para discutir”, afirmou, e destacou um programa de 12 pontos para ser cumprido, caso se confirme a chapa Lula/Alckmim.

Essa resistência a Alckmim vem da base do partido, conforme ficou demonstrado no seminário estadual realizado no último dia 11. No encontro, foi confirmando o nome de Gilbertinho Campos, concorrente à Prefeitura de Vitória em 2020 e apontado como candidato à sucessão estadual neste ano, para disputar o Senado. O Psol também aprovou o nome da vereadora de Vitória Camila Valadão como pré-candidata a deputada estadual.

Juliano Medeiros manteve conversa com o senador Fabiano Contarato (PT), pré-candidato à sucessão de Renato Casagrande (PSB), articulação que também passa por definições no plano nacional, apesar da pressão favorável de dirigentes petistas no Espírito Santo. “Vejo com simpatia o nome do senador, que tem contribuído e ainda tem muito a contribuir para o nosso País”, disse.

O presidente do Psol defendeu as federações partidárias, para ele, um “instrumento que vem democratizar o processo político-eleitoral”, em especial para partidos como o PCdoB e a Rede, por não passarem a chamada cláusula de barreira, quando um partido não atinge determinado percentual de votos, perdendo direito a recursos do fundo eleitoral e tempo nos meios de comunicação social.

Juliano Medeiros destacou o programa de 12 pontos lançado nessa quarta-feira (16), na Câmara dos Deputados, como condição para o Psol “sentar para discutir a unidade da esquerda”. “Direito ao Futuro: diálogos para reconstruir o Brasil” é uma síntese das propostas do partido para unir a esquerda nas eleições de 2022 e “construir um novo país que reverta o atraso promovido pelos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro”.

Os pontos vêm sendo apresentados em todo o Brasil e serão colocados para o ex-presidente Lula, com a exigência do “compromisso de cumpri-lo”, como apontou Juliano Medeiros.

Compromissos

Conheça os pontos listados pelo Psol: 


Revogação das medidas implementadas após o golpe de 2016; e fim das reformas Trabalhista e da Previdência, do Teto de Gastos e outras medidas de desmonte de órgãos públicos, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Enfrentamento à crise climática: financiamento de transição energética; um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia; desmatamento zero; respeito à natureza; e garantia de direitos a povos indígenas, tradicionais e quilombolas, utilizando empresas públicas como a Petrobras e a Eletrobras para pesquisa e desenvolvimento de novas matrizes energéticas.

Reforma Tributária em que os pobres paguem menos e os ricos mais. Diminuição da taxação no consumo de bens essenciais e populares e foco na taxação de renda e propriedade, incluindo imposto sobre super-ricos/bilionários. Um amplo e robusto programa de transferência de renda para reduzir desigualdades no Brasil.

Democracia direta, participação popular, transparência de gestão e combate à corrupção. Medidas concretas para promover maior controle e participação social nas decisões do Estado brasileiro, promovendo maior transparência na gestão pública e combatendo a corrupção diariamente.

Aumento real do salário mínimo. Recomposição da renda de trabalhadores, aposentados e pensionistas. Políticas para reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, com isso, promovendo a criação de novos empregos, além de um programa de renda para o trabalho doméstico.

Retomada do controle público da Petrobras. Interromper medidas de privatização da empresa, promoção de uma política energética voltada à soberania nacional e mudança da atual política de preços dos combustíveis.

Mais dinheiro para promover direitos sociais. Ampliação do orçamento para saúde, educação, habitação, cultura e mobilidade, recuperando os níveis de investimentos em relação ao PIB anteriores ao golpe de 2016.

Reforma agrária agroecológica e reforma urbana já! Desenvolvimento de um novo modelo de ocupação e uso da terra urbana e rural, centrado na reforma agrária agroecológica, com políticas de abastecimento e fortalecimento da Conab para combater a fome, alcançar soberania alimentar e fortalecer a luta por moradia com políticas de estímulo à reforma urbana.

Democratização da comunicação. Controle social sobre os monopólios da grande mídia, democratizando o acesso à informação, fomentando a comunicação comunitária e a expansão do acesso à internet de forma pública e gratuita a quem mais precisa.

Mais direitos para as mulheres. Reconhecimento da maternidade como trabalho, inclusive no cálculo da aposentadoria, defesa dos direitos reprodutivos das mulheres e combate à violência de gênero. Combate à violência policial e ao superencarceramento da população negra; enfrentar o racismo estrutural no Estado, nas empresas e em organizações sociais.

Políticas contra a LGBTIfobia. Promoção da diversidade sexual e de gênero, inclusive nas políticas habitacionais e de educação. Fortalecimento da atenção à saúde da população LGBTI+, com ênfase no processo transexualizador, na política de HIV/AIDS e de saúde mental, com ações setoriais LGBTI no Ministério de Direitos Humanos.

Mais Lidas