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PT ignora Campos e mantém aliança com o PSB nos estados

Certos de que a candidatura à presidência da República do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, não deve prosperar, a Executiva Nacional do PT orientou seus diretórios a manter nos estados a aliança com o PSB. A decisão da nacional vai ao encontro de um entendimento dos petistas capixabas de permanecerem no palanque do governador Renato Casagrande.

Os petistas do Estado defendem a continuidade do tripé que sustenta o governo Casagrande, formado pelo PT, PSB e PMDB. As movimentações do partido são para tentar viabilizar a candidatura do ex-prefeito de Vitória João Coser (PT) ao Senado no palanque de Casagrande.

O partido que hoje tem o vice-governador está disposto a não rachar com o governo mesmo que Campos lance a candidatura a presidente no próximo ano. O problema é que a base ou a nacional poderiam pressionar as lideranças a deixarem o palanque socialista para erguer um palanque para a reeleição da presidente Dilma Rousseff no Estado.

O desempenho de Eduardo Campos nas primeiras sondagens eleitorais e os recados lançados pela presidente Dilma nessa segunda-feira (25), em Pernambuco, em um evento público na região de Serra Talhada, sobre a necessidade de manter a coalizão, cobrando lealdade dos aliados, são elementos que permitem ao PT nacional acreditar em um recuo do PSB.

Para o partido da presidente, a falta de espaço para além do Nordeste prejudica a candidatura de Campos. O governador de Pernambuco não conseguiu ampliar sua base para colégios eleitorais importantes como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A base de Campos estaria em Pernambuco, Ceará e Paraíba. Na eleição municipal do ano passado, o único estado do Sudeste em que o PSB cresceu substancialmente foi o Espírito Santo, que não tem um eleitorado relevante para a disputa presidencial se comparado aos demais estados da região.

Segundo o jornal Valor Econômico desta terça-feira (26), uma aliança com o ninho tucano para forçar um segundo turno não seria um caminho muito viável, por isso o PT aposta na manutenção do diálogo como socialista a fim de demovê-lo da disputa.

Dirigentes do Nordeste, no entanto, disseram que a candidatura de Campos é irreversível e alguns defenderam o rompimento com ele. Fora do Nordeste, o presidente do diretório do Rio Grande do Sul, deputado Raul Pont (PT-RS), classificou a possível candidatura de Campos como “inoportuna” e disse que os reflexos da possível ruptura entre PT e PSB já são sentidas no Estado, além do Ceará e Pernambuco.

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