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Rede e Psol confirmam apoio a Carlos Casteglione em Cachoeiro

Pré-candidato do PT a prefeito avança em articulações para unificação da esquerda nas eleições municipais

Em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, a federação partidária formada por Rede Sustentabilidade e Partido Socialismo e Liberdade (Psol) apoiará o pré-candidato a prefeito Carlos Casteglione, do Partido dos Trabalhadores (PT), nas eleições municipais deste ano. O acordo foi selado em uma reunião realizada na noite dessa terça-feira (19), na residência de um apoiador das siglas, com a presença do presidente municipal do Psol, Marco Antônio Reis, e um dos porta-vozes municipais da Rede, Wesley Correa.

Marco Antônio Reis (Psol), Carlos Casteglione (PT) e Wesley Correa (Rede). Foto: Divulgação

Casteglione, que atualmente é subsecretário de Estado do Trabalho, Emprego e Geração de Renda, já ocupou a Prefeitura de Cachoeiro em dois mandatos (2009-2012 e 2013-2016). Sua pré-candidatura para as eleições municipais de outubro deste ano foi referendada no início deste mês de março pela Federação Brasil da Esperança, formada por PT, Partido Verde (PV) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Desde o fim do ano passado, ele vinha articulando o apoio de Psol e Rede, de forma a unificar o campo progressista em Cachoeiro. Em meio aos diálogos, a Rede lançou a pré-candidatura do empresário Wesley Correa, mas, segundo informações de bastidores, apenas com a intenção de marcar posição no jogo eleitoral.

O Psol, por sua vez, tem direcionado suas forças para candidaturas à Câmara de Vereadores, tendo como principal aposta a ativista trans Agatha Benks. No próximo dia 28 de março, a sigla realizará a posse de seu diretório municipal, realizado em março.

“Os dois grupos entendem a importância de potencializar a pré-candidatura do ex-prefeito Carlos Casteglione, que tem como principal cabo eleitoral no município o presidente Lula e o Governo Federal. Destacam que nos dois mandatos de prefeito de Casteglione, Cachoeiro foi beneficiada com diversas ações conjuntas com o Governo Federal, como o ‘Minha Casa, Minha Vida’. Mandatos que foram marcados por ações nas áreas sociais, mas também em questões estruturantes e de infraestrutura”, diz um comunicado à imprensa assinado pelas duas federações nesta quarta-feira (20).

O comunicado destaca ainda que “a parceria ente Lula e Casteglione (…) poderá ser restabelecida”, e que o ex-prefeito “mantém ótima relação com o governador Renato Casagrande. Uma parceria nas três esferas de poder será muito benéfica para o município”.

O texto informa também que “o apoio de outras agremiações partidárias é conduzido com muito diálogo, e a partir do mês de abril, pretende-se ampliar esse diálogo para as comunidades, com diversas visitas aos bairros e segmentos, para construir, através de muita escuta, um plano de governo com a cara do povo cachoeirense”.

Agora, Carlos Casteglione sonha com um apoio do Partido Socialista Brasileiro (PSB) do prefeito Victor Coelho e, principalmente, do governador Renato Casagrande. Apesar disso, Coelho tem manifestado aversão a uma aliança com o PT e trabalha com a pré-candidatura da secretária municipal das pastas de Obras e Manutenção e Serviços, Lorena Vasques (PSB).

O presidente estadual do PSB, Alberto Gavini, também fechou as portas para apoio a outras candidaturas em Cachoeiro que não a de Lorena Vasques, segundo informações de uma fonte inserida nos meios políticos locais. De qualquer forma, as articulações nos bastidores seguem ocorrendo e nada pode ser descartado por enquanto.

Direita dividida

Se a unificação do campo da esquerda parece se consolidar, na direita, os grupos continuam bastante divididos. Sem uma liderança após a desistência do vereador Júnior Corrêa (PL), até então considerado um dos favoritos para a disputa pela Prefeitura de Cachoeiro, o setor empresarial tem dialogado com várias pré-candidaturas – até mesmo com Casteglione, tendo em vista que o PT comanda o governo federal atualmente.

Nos bastidores, tem se falado da migração de aliados de Júnior Corrêa para o grupo dos pré-candidatos aliados Diego Libardi (Republicanos), secretário de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho de Vitória; Bruno Resende (União) e Allan Ferreira (Podemos), deputados estaduais; e Márcia Bezerra (PRD), ex-secretária de Desenvolvimento Social de Cachoeiro.

A movimentação do grupo de Corrêa – que anunciou que abandonará a vida política para se tornar padre – reflete os desgastes internos do Partido Liberal (PL), que hoje tem como pré-candidato a prefeito o vereador Léo Camargo. Camargo foi a Brasília esta semana para participar de um evento do PL e aproveitou para gravar vídeos com o senador Magno Malta e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Presidente do diretório municipal da sigla bolsonarista, o deputado estadual Callegari tem tentado garantir o apoio de um colega seu na Assembleia Legislativa: Theodorico Ferraço (PP), ex-prefeito de Cachoeiro em cinco mandatos, que era um entusiasta da candidatura de Júnior Correa.

Apesar disso, o Progressistas (PP) tem avaliado a possibilidade de uma candidatura própria. Entre os nomes submetidos a pesquisas estão os da ex-deputada e ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub, mulher de Ferraço; do coronel da Polícia Militar Fabricio Martins; e o do empresário e presidente da Associação Comercial de Cachoeiro (Acisci), Roberval Rocha.


‘Minha motivação é o presidente Lula’

Carlos Casteglione é oficializado como pré-candidato a prefeito de Cachoeiro pelo PT


https://www.seculodiario.com.br/politica/minha-motivacao-e-o-presidente-lula

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