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Tiros e ação na Justiça esquentam segundo turno na Serra

Muribeca move processo e fala de tiros, dos quais a PC descarta ligação com a campanha

Relatos de tiros próximos a ato público de Pablo Muribeca (Republicanos), em Central Carapina, na noite dessa quarta-feira (23), esquentaram ainda mais a campanha dos dois concorrentes à Prefeitura da Serra a três dias da eleição deste domingo (27). Estavam presentes, além do candidato e sua esposa, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), apoiadores e colaboradores de campanha. “Felizmente, ninguém se feriu”, diz nota do deputado estadual divulgada nas redes sociais logo após o incidente.

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Lucas S.Costa/Ales

Em outro bairro, no Parque Residencial Laranjeiras, a candidatura de Weverson Meireles (PDT) recebia um reforço do governador Renato Casagrande (PSB) e de empresários, enquanto a Justiça Eleitoral determinava a instauração de inquérito judicial para apurar supostas irregularidades de sua campanha, que configurariam abuso de poder econômico. A juíza Telmelita Guimarães Alves reconheceu indícios de uso da máquina pública e estabeleceu uma série de medidas.

A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira (24), que não houve nenhuma tentativa de assassinato contra Pablo Muribeca, que alegou, em postagem em rede social depois removida, ter sido alvo de uma tentativa de homicídios. O delegado Rodrigo Sandi Mori, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, responsável pela investigação, afirmou que o incidente não teve qualquer relação com a campanha de Pablo Muribeca, e sim com a guerra do tráfico.

Após os tiros, o candidato disse que “é triste e lamentável que ainda nos dias de hoje tenhamos que presenciar episódios de violência como o que aconteceu hoje no município da Serra….Não desejo isso para nenhuma família, nenhum morador, nenhum ser humano. A população da Serra é gente do bem, trabalhadora, e não merece esse tipo de situação”.

Já com a ação judicial movida por sua coligação, Muribeca pretende barrar a liderança de Weverson, apoiado pelo prefeito Sergio Vidigal (PDT), que marca 57,3% das intenções de voto contra 42,7% do adversário, segundo pesquisa da Futura Inteligência divulgada nessa quarta pela Rede Vitória.

Weverson esteve reunido no Parque Residencial Laranjeiras com o governador Renato Casagrande (PSB), o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), o prefeito Sergio Vidigal e representantes da classe empresarial do Estado, como o presidente da Federação do Comércio e Serviços (Fecomércio), Ildaberto Moro. Participaram, ainda, a secretária estadual da Mulher, Jaqueline Moraes, e o secretário de Ciência e Tecnologia, Bruno Lamas.

O segundo turno na Serra ganhou contornos mais amplos depois da participação de Lorenzo Pazolini na campanha de Muribeca, na perspectiva das eleições gerais de 2026, em decorrência de notícias de bastidores que apontam o atual gestor da Capital com o nome para concorrer ao governo do Espírito Santo.

Essa movimentação levou o governador a intensificar sua participação, para garantir projetos políticos programados para daqui a dois anos, que envolvem sua candidatura ao Senado, a acomodação do vice Ricardo Ferraço e, também, a polarização entre a ala progressista, do presidente Lula, e os conservadores, liderados pelo governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Pazolini seria o representante do bolsonarismo no Estado, grupo que se forma mantendo a mesma tendência de extrema direita, mas, em outro contexto político, com a adesão de lideranças moderadas. No Espírito Santo, o controle passa pelo ex-deputado estadual Erick Musso, presidente estadual do Republicanos, um dos articuladores da candidatura de Muribeca, juntamente com Pazolini e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União).

Investigados

A Justiça Eleitoral arrolou, como investigados, além de Weverson Meireles, sua vice, Gracimeri Gaviorno (MDB); Sergio Vidigal e sua esposa, Sueli Vidigal; e servidores da Prefeitura da Serra, em uma série de supostas irregularidades eleitorais por abuso de poder político e econômico.

A campanha deve suspender, no prazo de 24 horas, publicações no Facebook que promovem ilegalmente a campanha de Weverson, com multa de R$ 10 mil por hora de descumprimento; fornecer dados de conexão e acesso dos perfis de Weverson e Vidigal no Instagram; proibição de novas publicações; suspensão de grupos de WhatsApp; e proteção de dados de servidores e instauração de inquérito judicial, a cargo da Procuradoria Regional Eleitoral.

A ação descreve ainda a utilização da administração pública para difusão das cores da campanha de Weverson mediante pintura de bens públicos; e associação do candidato à realização e conclusão de obras e respectiva inauguração. Cita, nesse contexto, a inauguração da Praça das Artes, no bairro Feu Rosa; Programa Serra Mais Cidadã, no mesmo local; inauguração do Cras de Nova Almeida, “servindo o espaço do evento para promover não apenas a gestão atual, mas também fortalecer a imagem do candidato como seu sucessor; e inauguração do campo de futebol e área de lazer de São Francisco, vinculando a realização da referida obra à imagem de Weverson.

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