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Religião passa a ser termômetro na disputa eleitoral no segundo turno

Casagrande busca ampliar aliança com o público evangélico, fazendo frente às movimentações do palanque bolsonarista

Depois de Carlos Manato (PL), seu adversário na disputa ao governo do Estado, promover um evento com a primeira-dama, Michele Bolsonaro e a senadora eleita pelo Distrito Federal Damares Alves, ambas do PL, o governador Renato Casagrande (PSB) se reunirá, neste sábado (22), a partir das 9 horas, com lideranças religiosas, no bairro Santa Luzia, em Vitória. Às 10 horas, haverá atividade ecumênica, na Praça Costa Pereira, Centro, organiza pela militância do PT e do PSB. Os dois encontros mantêm o setor como principal termômetro do segundo turno eleitoral.

Em ambos os lados da disputa, as justificativas para os apoios apresentam o mesmo tom, tanto de seguidores de Casagrande quanto de Manato, e também se harmonizam quando se trata de questões relacionadas a usos e costumes, que são alimentadas, na maioria, por fake news sobre uma fantasiosa ameaça do comunismo, demonização do PT, chamado de “partido das trevas”, fechamento de igrejas e banheiro unissex. Feitas para o âmbito nacional, afetam a disputa nos estados.

Questões morais relacionadas a usos e costumes passaram a ocupar o lugar dos principais temas da campanha, em meio a uma enxurrada de desinformação. No evento promovido por seguidores do presidente Bolsonaro na manhã desta sexta-feira (21), no aeroporto de Vitória, Michele e Damares abordaram temas como a “ameaça comunista” e a guerra do bem contra o mal, que mantém Casagrande entre os alvos, na estratégia construída desde 2020 e seguida por bolsonaristas em ataques à atual gestão.

Mesmo antes do período eleitoral, o governador era tachado de “comunista” por deputados de direita na Assembleia Legislativa, situação que se agravou durante a fase mais intensa da pandemia do coronavírus. Na época, o secretário de Saúde, Nésio Fernandes (PCdoB), também foi objetivo de agressões verbais, na maioria das vezes por meio desses argumentos.

Manato já conta com o apoio do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Político (Fenasp-ES), formado por pastores de várias denominações, da Universal do Reino de Deus, do empresário Edir Macedo, ligado ao partido Republicanos, entre outras, que preferem manter o anonimato, como a Maranata e a Igreja Evangélica Batista de Vitória (IEBV).

Já Casagrande fechou alianças com a Convenção das Assembleias de Deus (Cadeeso), a maior do Estado, seguida por entidades evangélicas, entre as quais a Comadeeso, Cemades e Ciemades, que juntas representam aproximadamente oito mil pastores.

Para o pastor presidente da Comadeeso, Nataniron Ribeiro, “Casagrande é uma pessoa que defende a vida, a família, os princípios cristãos e sempre teve um diálogo muito bom com as lideranças religiosas e, além disso, está fazendo uma gestão excelente. Por todos esses motivos, é que o apoiamos”.

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