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Segurança pública volta a ser destaque em debate de candidatos em Vitória

Atual gestão e aumento do número de homicídios foram alvos de críticas

“Transdireita” foi como Capitão Assumção (PL) chamou o atual prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), no primeiro bloco do debate promovido pela TV Tribuna, nesta quinta-feira (26), com os candidatos à prefeitura nas eleições de 6 de outubro, que teve como destaque temas relacionados à segurança pública. O prefeito, objeto de ataques, obteve um direito de resposta.

Participaram também Camila Valadão (Psol), Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), João Coser (PT) e Du (Avante), que abordaram em destaque a segurança pública, educação e projetos assistencialistas. Terceiro a fazer perguntas, depois de Pazolini e Du, Assumção investiu contra o prefeito – “Vitória foi entregue ao crime organizado” -, na tentativa de minar redutos eleitorais da direita e da extrema direita bolsonarista, onde ambos disputam votos, com amplo favoritismo de Pazolini.

O candidato do PL disse que Vitória está abandonada e afirmou que “quando o tráfico toma conta das ruas, o ‘transdireita’ está debaixo da mesa se escondendo”. Na liderança da disputa eleitoral, segundo as pesquisas, o prefeito foi alvo, também, dos outros concorrentes, como Coser, Camila Valadão e Luiz Paulo, o quarto a fazer perguntas. O candidato do PSDB apontou desigualdade territorial referente à educação, apontando a ação de Pazolini na educação em tempo integral como “conversa fiada”.

Ao responder a uma pergunta de Luiz Paulo sobre o que fazer no Centro de Vitória, área onde o prefeito sofre desgastes, João Coser explicou que pretende levar empresas para a área, onde existem muitos desafios, destacando os vários prédios abandonados e a questão da segurança pública, de cultura e o debate de projetos com os moradores. Para Luiz Paulo, o “Centro de Vitória é o principal ativo” da cidade, ressaltando os cerca de 400 anos de história ali registrada que precisam ser resgatadas.

Camila Valadão, em resposta a uma pergunta de João Coser, disse que a crise de segurança é grave e destacou um dos eixos de sua campanha, ‘Vitória sem medo’, criticando a propaganda de Pazolini na campanha passada, “Paz e igualdade”. Acrescentou que o prefeito isolou a Guarda Municipal e não dialoga com o governo do Estado.

“O que nós temos na cidade de Vitória é o aumento da violência, que é sentida pela população, pelos comerciantes, ou seja, o medo colocado em todos. Vitória foi a única cidade da região metropolitana que aumentou o número de homicídios em 20%”, destacou a deputada.

No final do debate, Luiz Paulo disparou contra o prefeito: “Fico revoltado em ver Vitória sendo usada como trampolim político, sem conhecimento da cidade”. Uma referência a um projeto, que circula nos meios políticos, de que Pazolini, se reeleito, deixaria o mandato para ser candidato ao governo do Estado em 2026.

João Coser destacou a articulação que tem com o governo federal e citou suas realizações nos dois mandatos como prefeito de Vitória. Pazolini manteve motes de campanha de que “arrumou a casa e continuará cuidando mais das pessoas com maior vulnerabilidade”. Assumção insistiu no tema segurança e disse que dará um subsídio mensal de R$ 300 para jovens desempregados, para livrá-los do crime.

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