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Sem fechar chapa, Guerino repete críticas a Casagrande e discurso bolsonarista

Ao lado de lideranças de siglas da base de Casagrande, ex-prefeito explorou frases contra o “comunismo” e exibiu bandeira com o presidente

Reprodução

A expectativa de conhecer, neste domingo (31), a chapa de Guerino Zanon (PSD) na disputa majoritária deste ano, mais uma vez, não se consolidou. O ex-prefeito de Linhares adiou a apresentação dos nomes que disputarão a vice e o Senado, tornando a convenção do PSD, realizada no Centro de Convenções de Vitória, uma repetição dos discursos já propagados por ele, de críticas ao governador Renato Casagrande (PSB) e tentativa de firmar sua candidatura como representante do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Espírito Santo.

Ao lado de lideranças de outros partidos da base de Casagrande, como o deputado federal Evair de Melo (PP) e Lelo Coimbra (MDB), Guerino explorou várias frases usadas pelos movimentos bolsonaristas e de direita, como “nossa bandeira nunca foi vermelha”, “governador comunista” e “secretário [Nésio Fernandes, da Saúde] formado em Cuba”.

Também disparou na direção do ex-presidente Lula e se colocou como um “conservador nato”, emendando que o “Espírito Santo é conservador e defende a família”. Ao final de sua fala, chegou a estender uma bandeira com sua foto ao lado de Bolsonaro, com os dizeres: “Juntos pelo Brasil e pelo ES”. A estratégia de Guerino invade o campo do ex-deputado federal Carlos Manato e do senador Magno Malta, ambos do PL, que também consolidaram, no mesmo tom, seu palanque nesse sábado (30).

Como bandeiras de campanha, Guerino reforçou temas adotados desde o anúncio de sua candidatura, voltado para a geração de empregos e desenvolvimento, citando novamente como exemplo as suas gestões em Linhares. Voltou a apontar a situação da pobreza no Estado como resultado do atual governo e acusou Casagrande de “não gostar de gente” e de “financiar ricos, apadrinhados políticos e banqueiros”, além de usar como referência o ex-governador e aliado, Paulo Hartung (sem partido).

A convenção do PSD foi realizada junto com as do PMB e DC, partidos nanicos e únicos aliados de Guerino até agora. Ele espera, porém, avançar em conversas com o Republicanos nos próximos dias. A legenda retirou a candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso, agora no páreo ao Senado, sacrificando o ex-prefeito de Colatina Sergio Meneguelli, forçado a descer para o legislativo estadual, situação que gerou protesto dele na convenção da sigla, realizada também neste domingo.

Com a homologação das candidaturas e chapas completas de Casagrande e do Capitão Sousa (PSTU), restam, principalmente, as definições de Guerino e do ex-prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), na disputa ao governo. Em convenção nesse sábado (30), Audifax também adiou os nomes de vice e Senado, confirmando o apoio apenas do Solidariedade.

Como esperado, o Psol, que é federado com a Rede, não compareceu ao evento. Por outro lado, lideranças do Avante e Agir prestigiaram o ex-prefeito. O Avante articula a candidatura do pastor Nelson Junior ao Senado e o Agir do empresário Idalécio Carone, enquanto o Psol lançou Gilbertinho Campos, na contramão dos movimentos de Audifax, para quem já anunciou que também não fará campanha.

As demais definições rodeiam os palanques de Manato, que não fechou a vice, mas sairá do PTB; e de Aridelmo Teixeira (Novo), sem candidato ao Senado. A data limite da Justiça Eleitoral é o próximo dia 15 de agosto.

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