“O Senado ou o Palácio Anchieta. Breve decidirei e não adianta fingir que me ignoram, vou dar trabalho. Renovação”. Com essa frase, divulgada em suas redes sociais na noite dessa terça-feira (7), o deputado estadual Sergio Majeski (PSDB) se coloca novamente no jogo político e muda o cenário das acomodações partidárias.
O parlamentar, que diz pertencer à “ala boa do PSDB”, é assediado por vários partidos e já comunicou à executiva estadual do ninho tucano que irá deixar a legenda.
Ele conversa desde o ano passado, no Estado e em Brasília, com o PPS, do prefeito de Vitória Luciano Rezende; com o PSB, do ex-governador Renato Casagrande; e com a Rede Sustentabilidade, liderado no Estado pelo prefeito da Serra, Audifax Barcelos.
A decisão do deputado, como já declarou, vai depender da melhor proposta para abrigar seu projeto político de 2018, e deve ser oficializada em março, na abertura da janela partidária, para que não corra riscos de perder o mandato.
O anúncio de Majeski volta a movimentar o mercado político e surge na esteira de pesquisas de opinião que o colocam bem atrás no ranking da corrida sucessória para o Senado. Em algumas delas, seu nome sequer foi colocado para ser avaliado pelo eleitor.
Em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, Majeski se destaca por assumir posições contrárias ao Palácio Anchieta, sendo o único deputado declaradamente de oposição ao governador Paulo Hartung.
Desde que assumiu, passou a criticar o governo de Paulo Hartung (PMDB), cujo vice, César Colnago, é atualmente presidente estadual do PSDB.
Com atuação independente e rompido com o Hartung, Majeski não tinha outra saída do que buscar uma sigla que não só o abrigasse, mas também abrisse a possibilidade de voos mais altos, como já era esperado, considerando a visibilidade que conquistou no cenário político estadual.