Derrotado duas vezes seguidas pelo prefeito Audifax Barcelos (Rede) nas eleições pela Prefeitura da Serra, em 2012 e 2016, o deputado federal Sérgio Vidigal, presidente do PDT estadual, sai do pleito deste ano com a densidade eleitoral reduzida, apesar de permanecer na Câmara Federal pelos próximos quatro anos.
A votação de Sérgio Vidigal surpreendeu o mercado político, que projetava cerca de 120 mil votos, 50 mil a mais dos 73 mil que ele recebeu nas urnas nesse domingo (7). A redução se dá, segundo o mercado político, não só pelo volume de votos recebidos, mas também por Vidigal não conseguir eleger aliados, entre eles sua mulher, Sueli Vidigal (PDT), que disputava uma vaga Assembleia Legislativa.
O lançamento da candidatura de Sueli teria desagradado a aliados, principalmente pelo fato de Vidigal ter conduzido articulações internas no PDT a fim de garantir a participação dela nas eleições.
Como Sérgio, a eleição de Sueli também era esperada, inclusive como um a das mais votadas, segundo o mercado político, juntamente com o deputado estadual Bruno Lamas (PSB), que foi reeleito, e o ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Estado Vandinho Leite (PSDB), que também se elegeu. Todos com reduto na Serra.
O PDT, assim como seu presidente no Estado, ficou menor. Elegeu apenas um deputado estadual, Marcelo Santos, que não pode ser visto como aliado. Tem densidade própria.
A derrocada de Vidigal ocorreu ainda com a derrota do seu aliado Ricardo Ferraço (PSDB), que ficou fora da reeleição ao Senado, enquanto o delegado Fabiano Contarato, da Rede, partido do atual prefeito da Serra e seu maior adversário político, foi o campeão de votos no Estado, ultrapassando a marca de um milhão.