Número de eleitores que não compareceram às urnas em Cariacica também foi alto: 29,93%
O município da Serra, maior colégio eleitoral do Estado, foi o que registrou o maior índice de abstenções no segundo turno deste domingo (29), com 31,9%, ultrapassando a marca da disputa de 15 de novembro (26,26%) e das eleições de 2016 (22,5%). O município repetiu a polarização que já dura 24 anos entre os grupos de Sérgio Vidigal (PDT) e Audifax Barcelos (Rede), que tentou eleger Fábio Duarte (Rede), sem êxito. As urnas confirmara a vitória do deputado federal, com 54,9%.
Na sequência veio Cariacica, onde Euclério Sampaio (DEM) derrotou Célia Tavares (PT). A cidade registrou 29,93% de abstenções, também maior que o primeiro turno, que marcou 25,80%, e a disputa de 2016, com 22%.
Na Capital, o índice oscilou pouco em relação ao primeiro turno, 26,7% contra 25,45%. Comparando com 2016, porém, a diferença dobra. No último pleito municipal, não compareceram às urnas 13,3% do eleitorado. Vitória elegeu neste domingo o Delegado Pazolini (Republicanos), que concorria com o petista João Coser (PT).
Já Vila Velha fez o caminho inverso. A disputa acirrada entre o prefeito Max Filho (PSDB) e o vereador Arnaldinho Borgo (Podemos), que será o próximo prefeito, atraiu mais votantes no segundo turno, com 28,76%. Na primeira fase, compareceram 25,18% e, em 2016, 24,4%.
Índices elevados de abstenções também foram registrados em várias das 57 cidades no Brasil onde foi realizado segundo turno neste domingo, o que já era esperado devido à pandemia da Covid-19, mas demonstrando também desinteresse nas candidaturas finais do pleito. Neste domingo, em todo o País, o índice foi de quase 30%. Já no último dia 15 de novembro, 23,14% dos eleitores não foram às urnas no País.
Segundo levantamento do jornal O Globo, nas duas eleições municipais anteriores, a abstenção no primeiro turno foi de 17,58% em 2016 e de 16,41% em 2012. Na eleição mais recente, a presidencial de 2018, a abstenção no primeiro turno ficou em 20,33%.