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Serra tem cenário de aproximação entre as principais lideranças

A eleição na Serra em 2016 pode ter um cenário diferente do dos últimos anos. A disputa esperada entre o prefeito Audifax Barcelos (PSB) e o ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) pode não acontecer. Os movimentos apontam para uma aproximação entre essas duas lideranças, com a mediação do governador Paulo Hartung (PMDB). 
 
Hartung precisa recuperar seu capital de votos na Grande Vitória e o município da Serra, colégio eleitoral em que perdeu a disputa contra Renato Casagrande (PSB), em 2014, ganha, neste contexto, uma atenção especial. O governador que tem ao seu lado o ex-prefeito Sérgio Vidigal também se entende com o prefeito Audifax. Neste sentido, a possibilidade de Hartung tirar Vidigal do jogo do próximo ano é consistente. 
 
Vidigal teve 96.968 mil votos na eleição de deputado federal no ano passado. Embora tenha conseguido 47% dos votos no município, a expectativa de que ele superasse os 150 mil votos no município não se concretizou, o que deixa dúvidas sobre o sucesso do enfrentamento ao prefeito, que deve investir em dois anos de obras no município. no Estado todo, a votação de Vidigal foi de  161.744 votos.
 
 
Paralelamente, o pedetista pode entrar nos planos eleitorais do governador Paulo Hartung em 2018. Nos meios políticos, a impressão é de que Vidigal estaria em uma fila sucessória, caso Hartung não dispute a reeleição. Mas se o peemedebista buscar um novo mandato, Vidigal pode ser um nome a compor o palanque na disputa por uma das duas vagas em disputa para o Senado. 
 
Hartung tem se afastado de Ricardo Ferraço, apresar de ambos serem do PMDB, o senador não tem no governo um quadro sequer da sua cota de indicação. Mas para Vidigal disputar o Senado seria incompatibilizar-se com um de seus aliados. Ricardo Ferraço foi quem o ajudou financeiramente em sua primeira disputa eleitoral. Já a outra vaga é de um antigo aliado do pedetista, o senador Magno Malta (PR). 
 
Enquanto observa o movimento das principais lideranças do município, outros atores políticos também se movimentam. O líder do governo na Câmara, Luiz Carlos Moreira (PMDB), que se recupera de uma cirurgia cardíaca, é um nome que tem peso político no município e pode se movimentar na disputa do próximo ano. 
 
Outro nome que não pode ser desconsiderado no jogo eleitoral é o do ex-deputado estadual Vandinho Leite (sem partido). Ele teve mais de 25 mil votos no município na disputa de deputado federal no ano passado e estaria disposto a disputar qualquer cargo, exceto de vereador.
 
Para os meios políticos locais, Vandinho se articula para ser candidato a vice, podendo caber em qualquer palanque, mas se não conseguir essa acomodação, precisará disputar a eleição de prefeito, para se credenciar para 2018. 
 
O PT, assim como no resto do Estado, também está desgastado no município. O ex-deputado Roberto Carlos poderia ter se credenciado para a disputa do próximo ano, com a candidatura ao governo no ano passado, mas saiu desgastado da disputa e hoje está na planície, com um cargo corporativo na Assembleia Legislativa, que não lhe garante a visibilidade necessária para criar musculatura para a disputa. 
 
Já o deputado federal Givaldo Vieira , que teve 50 mil votos no Estado, na passou dos cinco mil na Serra, por isso, não seria um nome competitivo para a disputa. No mandato proporcional, poderia sem prejuízos disputar a prefeitura,  mas se tiver uma derrota na eleição do ano que vem, sai desgastado para a disputa à reeleição em 2018. 
 
Mas, apesar da aproximação de Vidigal e Audifax, a relação entre os dois é instável e qualquer abalo pode levar a uma nova disputa polarizada entre os dois. Uma disputa que mostra sinais de fadiga com o eleitorado do município.  

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