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Servidores protestam em frente ao Palácio Anchieta por reposição salarial

Coronel Marcos Aurélio Capita, presidente da Assomes, divulgou nota convocando os policiais militares

Servidores Públicos do Estado realizarão uma assembleia geral unificada em protesto por recomposição salarial em frente ao Palácio Anchieta, nesta sexta-feira (10), a partir das 10 horas, a fim de pressionar o governo Estado a cumprir compromisso assumido em fevereiro de 2020. Representantes dos servidores não descartam a possibilidade da deflagração de uma greve, caso o governo mantenha a posição de não dialogar com a categoria.

A convocação é da Pública Central do Servidor e de entidades que representam o funcionalismo público estadual, entre eles o Sindicato dos Servidores Públicos (Sindipúblicos-ES),  do pessoal da Assembleia Legislativa (Sindilegis-ES) e a Frente Unificada de Valorização Salarial (FUVS), que reúne servidores da área de segurança. A reivindicação atinge 59, 59% de perdas.

Nessa quarta-feira (8), o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar (Assomes), coronel Marcos Aurélio Capita da Silva, integrante da FUVS, divulgou convocatória para a manifestação, em que ressalta o aumento do “abismo que existe entre o salário inicial da base da Polícia Militar e a Polícia Civil”. A citação é uma referência à recomposição de 20% nos salários de agentes da Polícia Civil proposta pelo governo, aprovada pela Assembleia Legislativa nessa quarta-feira. Renato Casagrande (PSB) também já concedeu abono aos servidores das áreas do magistério e da saúde.

A partir desta sexta-feira, prossegue o comunicado, haverá “uma série de mobilização com o objetivo de fazer com que o governador do Estado cumpra o compromisso assumido com a categoria de servidores da segurança pública, de fazer a reposição inflacionária dos anos de 2020 e 2021e…exigir que ele dê o tratamento igualitário às demais categorias da área de segurança pública com o mesmo reajuste concedido aos agentes da Polícia Civil”.

O coronel Capita destaca, no entanto, ao contrário das categorias de servidores que não descartam a greve, que, apesar de a pauta ser a mesma, na área militar não existe qualquer ameaça de paralisação. Para ele, o manifesto divulgado por alguns coronéis, no final do mês de novembro, diz respeito a problemas internos da corporação. Nos bastidores, porém, a notícia é que existem articulações políticas eleitorais que deixam o clima tenso entre os servidores.

As entidades reivindicam a recomposição das perdas salariais referente a 2020 e 2021, que alcançam 59,49%, de acordo com documentos encaminhados ao governo, com pagamento em janeiro de 2022. Destacam os servidores que até o final deste ano já estará suspensa a proibição de recomposição por força da Lei Complementar Federal 173/2020, que proíbe alteração dos vencimentos do funcionalismo público até o final deste ano, em decorrência da pandemia da Covid-19.

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