Coronel Marcos Aurélio Capita, presidente da Assomes, divulgou nota convocando os policiais militares
A convocação é da Pública Central do Servidor e de entidades que representam o funcionalismo público estadual, entre eles o Sindicato dos Servidores Públicos (Sindipúblicos-ES), do pessoal da Assembleia Legislativa (Sindilegis-ES) e a Frente Unificada de Valorização Salarial (FUVS), que reúne servidores da área de segurança. A reivindicação atinge 59, 59% de perdas.
Nessa quarta-feira (8), o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar (Assomes), coronel Marcos Aurélio Capita da Silva, integrante da FUVS, divulgou convocatória para a manifestação, em que ressalta o aumento do “abismo que existe entre o salário inicial da base da Polícia Militar e a Polícia Civil”. A citação é uma referência à recomposição de 20% nos salários de agentes da Polícia Civil proposta pelo governo, aprovada pela Assembleia Legislativa nessa quarta-feira. Renato Casagrande (PSB) também já concedeu abono aos servidores das áreas do magistério e da saúde.
A partir desta sexta-feira, prossegue o comunicado, haverá “uma série de mobilização com o objetivo de fazer com que o governador do Estado cumpra o compromisso assumido com a categoria de servidores da segurança pública, de fazer a reposição inflacionária dos anos de 2020 e 2021e…exigir que ele dê o tratamento igualitário às demais categorias da área de segurança pública com o mesmo reajuste concedido aos agentes da Polícia Civil”.
O coronel Capita destaca, no entanto, ao contrário das categorias de servidores que não descartam a greve, que, apesar de a pauta ser a mesma, na área militar não existe qualquer ameaça de paralisação. Para ele, o manifesto divulgado por alguns coronéis, no final do mês de novembro, diz respeito a problemas internos da corporação. Nos bastidores, porém, a notícia é que existem articulações políticas eleitorais que deixam o clima tenso entre os servidores.
As entidades reivindicam a recomposição das perdas salariais referente a 2020 e 2021, que alcançam 59,49%, de acordo com documentos encaminhados ao governo, com pagamento em janeiro de 2022. Destacam os servidores que até o final deste ano já estará suspensa a proibição de recomposição por força da Lei Complementar Federal 173/2020, que proíbe alteração dos vencimentos do funcionalismo público até o final deste ano, em decorrência da pandemia da Covid-19.