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Sete de Setembro bolsonarista não deve alterar tendência de derrota no Estado

Em Cachoeiro de Itapemirim, manifestação com a presença de Manato foi marcada por desfile e trio elétrico

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A manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) organizada no Espírito Santo pela direita conservadora, neste 7 de Setembro, representa mais um esforço dos candidatos Carlos Manato, que concorre ao governo, e Magno Malta, ao Senado, ambos do PL, mas não deve alterar o cenário eleitoral e a tendência de derrota diante da liderança do governador Renato Casagrande (PSB), segundo projetam lideranças políticas.

Os atos foram realizados em algumas cidades do Espírito Santo, com destaque para Cachoeiro de Itapemirim, no sul, com a participação de carros de passeio e um trio elétrico. Na região metropolitana, os manifestantes saíram de Vila Velha, por volta das 13 horas, atravessaram a Terceira Ponte, que foi interditada, e se concentraram na Praça do Papa. Seguem o mesmo modelo adotado por Jair Bolsonaro, com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e forte participação de lideranças evangélicas.

A última pesquisa Ipec/Rede Gazeta no Estado revelou que, para o Senado, Magno Malta (PL) e Rose de Freitas (MDB) estão tecnicamente empatados nas intenções de voto, com 27%. A evidência, nesse caso, é o crescimento de Rose, atribuído ao chamado voto útil da militância de setores da esquerda, que alcança até o PT, apesar do isolamento nas articulações para candidaturas majoritárias, como observam lideranças.

Embora a assessoria afirme que o movimento seja organizado diretamente por Magno Malta, nos bastidores a participação dele é muito forte, juntamente com o Tenente Assis (PTB), candidato a deputado federal, e Carlos Manato, que na última pesquisa do Ipec da última sexta-feira (2), marcou 19% das intenções de voto, contra 59% de Casagrande.

O historiador e cientista político Uber de Oliveira, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), afirma que a derrota eleitoral do grupo “é quase certa”, com base nas pesquisas de opinião, que apontam, também, o mesmo cenário no Espírito Santo, com os candidatos ao governo do Estado bem atrás do governador Renato Casagrande (PSB).

O cenário é idêntico ao construído pelo presidente da República, que comandou a transformação da data comemorativa do bicentenário da independência em campanha eleitoral, estimulando essa prática nos estados.

Para Ueber, o segmento social que Bolsonaro representa é “herdeiro do atraso econômico”, decorrente do pacto firmado entre as elites que promoveram a independência do Brasil. Isso explicaria a preferência do eleitorado pelo ex-presidente Lula. O petista pontuou 44% das intenções de voto, mantendo o mesmo percentual do levantamento publicado pelo Ipec em 29 de agosto; o presidente Jair Bolsonaro (PL) oscilou um ponto para baixo e está com 31%; Ciro Gomes (PDT) tem 8% das intenções de voto; e Simone Tebet (MDB), 4%.

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