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Hartung vai se filiar ao PSD e pode concorrer à Presidência

Ex-governador colocou seu nome à disposição do partido em conversa com Gilberto Kassab

Leonardo Sá

O ex-governador Paulo Hartung deu mais um passo à frente nas articulações para emplacar a pré-candidatura a presidente da República, confirmando matéria divulgada por Século Diário em primeira mão, no dia 3 deste mês. Nesta quinta-feira (10), o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, selou a filiação de Hartung ao partido, que passa a ser mais um nome para compor a chamada terceira via.

Hartung colocou seu nome à disposição de Kassab para disputar o Palácio do Planalto, caso Rodrigo Pacheco (MG), presidente do Senado, desista. Na cúpula do PSD, há quem considere o ex-governador um nome mais competitivo. A filiação deve ser oficializada ainda neste mês. Ele também continua cotado, porém, como possível candidato ao Senado.

Na semana passada, Kassab citou Paulo Hartung e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que trocaria o PSDB pelo PSD para concorrer à presidência, projeto que não avançou, fortalecendo as pretensões do ex-governador, que, desde 2018, quando desistiu da reeleição ao Palácio Anchieta, começou a articular um projeto nacional, inicialmente, com a pré-candidatura do apresentador de TV Luciano Huck.

Caso sejam confirmadas as negociações, o quadro eleitoral sofrerá alteração, com a entrada de um nome com sustentação no mercado financeiro e em setores produtivos, o qual Hartung é um dos integrantes, como presidente executivo dos Instituto Brasileiro da Árvore (Ibá), além de político experiente. A pré-candidatura de Pacheco não deslanchou e só pontua pouco acima de 1%, segundo os últimos levantamentos. 

Hartung já declarou recentemente que não iria mais disputar cargo eletivos, mas mantém ativo seu campo de influência no Estado. O ex-governador vem sedimentando terreno no campo nacional desde que desistiu da reeleição, temendo uma derrota para o atual governador, Renato Casagrande (PSB), por conta da baixa avaliação de sua gestão, em especial a greve da polícia, ocorrida em 2017, e da insatisfação dos servidores públicos em geral. Na base dessas questões, a política de arrocho fiscal do governo, que afetou a área social e o funcionalismo público, mas, de outro lado, agradou o capital financeiro.

O ex-governador vem se notabilizando por meio de palestras e de artigos publicados em veículos de imprensa de circulação nacional, em defesa de uma política de arrocho fiscal e sem ênfase em programas sociais. Ligado a poderosos grupos empresariais, desde que era governador do Estado, defende a política de incentivos fiscais, que teve grande crescimento durante sua gestão.

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