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Sucessão de Max Filho sinaliza para uma dobradinha PSB/PSDB

O governador Renato Casagrande (PSB) e o prefeito de Vila Velha, Max Filho (PSDB), poderão caminhar juntos nas eleições de outubro próximo, caso se confirme o alinhamento sinalizado em dezembro de 2019. Essa junção traz à tona o nome do engenheiro Luiz Cesar Maretto (PSB), atual diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), para compor como vice na chapa de Max Filho, candidato à reeleição.

Maretto teria recusado o convite, mas a proposta de colocar um nome do PSB na chapa de Max persiste. Nos bastidores, o entendimento do governador com o prefeito estaria condicionado à acomodação do atual vice de Vila Velha, Jorge Carreta (PSDB), pessoa de alta confiança do prefeito que teria sido levado à Câmara Federal. Nas eleições de 2018, ele alcançou 27,8 mil votos concorrendo para deputado federal, ficando na suplência.  

Para que esse projeto avance seria necessário, no entanto, uma mexida no secretariado de governo, que, segundo o mercado político, ainda não estaria nos planos do governador. 

Se prosseguir, porém, essa aliança entre os dois partidos anulará a pretensão do atual secretário de Estado de Controle e Transparência, Edmar Camata, apontado como um dos pré-candidatos à Prefeitura de Vila Velha nas eleições deste ano. 

Além desses complicadores, existe outro fator, que seria a pretensão de Max Filho, como é sinalizado no mercado, disputar o governo do Estado em 2022, o que se chocaria com o projeto de reeleição de Casagrande. Nesse caso, o governador teria que concorrer ao Senado, ou, então, o prefeito teria que aguardar 2026.

De uma forma ou de outra, Max Filho trabalha no sentido de retomar articulações que foram sufocadas, em 2018, durante a crise que atingiu o PSDB em decorrência da influência no partido do então governador Paulo Hartung, cujos resultados foram danosos para lideranças partidárias como o ex-senador Ricardo Ferraço e o ex-vice-governador César Colnago. 

Em outubro de 2019, Max Filho saiu fortalecido como liderança maior do PSDB no Estado ao se antecipar a movimentos de oposição interna que se formavam. Buscou reforços junto à direção nacional, temendo a repetição de fatos, principalmente a defesa feita pelo então secretário-geral do PSDB, o hoje deputado estadual e presidente da sigla, Vandinho Leite, de uma aliança com o MDB, controlado pelo então governador Paulo Hartung. 

Vandinho apostou em uma vitória no primeiro turno ao governo do Estado em 2018 e na “extrema competitividade” do senador Ricardo Ferraço, cuja reeleição era a prioridade do PSDB naquele ano. Hartung não concorreu à reeleição e quem levou em primeiro turno foi Renato Casagrande (PSB). Ricardo foi derrotado na disputa ao Senado. 

 

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