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Suplentes de deputados mantêm base de Casagrande na Assembleia

Anadelso Pereira, “braço forte de Arnaldinho”, diz que ainda não sabe se vai assumir o cargo

A configuração da Assembleia Legislativa para 2025, com a posse dos prefeitos eleitos em 6 de outubro, vai passar por alterações em decorrência da vitória dos deputados Theodorico Ferraço (PP), em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado; e Lucas Scaramussa (Podemos), em Linhares, na região norte, apesar de manter a base do governo inalterada. Quando os dois assumirem as respectivas prefeituras, em janeiro, os cargos passarão aos suplentes imediatos: Marcos Madureira (PP), no lugar de Ferraço, e Anadelso Pereira (Podemos), em substituição a Scaramussa.

Como toda articulação política, a partir de agora as candidaturas ao Senado em 2026 – o Espírito Santo tem duas vagas -, terá peso na correlação de forças, com dois já nomes apontados no mercado: o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), na sucessão ao Palácio Anchieta governo, e Casagrande, ao Senado. Os dois suplentes representam reforço à base do governo.

Nesta segunda-feira (4), ganha o governo, também, com o retorno do deputado João Coser (PT), depois de licenciado por 120 dias para concorrer a prefeito de Vitória, sendo derrotado no primeiro turno, com 29,3 mil (15,62%), pelo atual, Lorenzo Pazolini (Republicanos). Com a volta do titular sai o suplente, Julio da Fetaes (PT), de Jerônimo Monteiro, que obteve 11,5 mil votos nas eleições de 2022. No exercício do mandato parlamentar, Julio focou seu trabalho em proposições voltadas para o homem do campo, área em que atua como presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaes).

O vereador Anadelso Pereira, embora nessa mesma condição em relação a Casagrande, tem uma diferença: “Braço forte de Arnaldinho [Borgo, prefeito reeleito de Vila Velha]”, como ele afirma, foi reeleito com 4,9 mil votos, e diz que ainda não sabe de irá assumir na Assembleia Legislativa. “Estamos analisando se devo virar deputado ou permanecer na Câmara”, afirmou, ressaltando que ir para a Assembleia seria um passo muito importante para sua vida política, mas ele coloca acima do que isso representa continuar colaborando com Arnaldinho.

CMVV

Caso não assuma, a vaga será preenchida pelo segundo suplente, Marcos Vivácqua (Podemos), de Cachoeiro de Itapemirim. Ex-vereador de Marataízes, ele tem ligações políticas com Casagrande e também é próximo ao deputado federal Gilson Daniel, presidente estadual do partido.

Já Marcos Madureira, ex-presidente da Assembleia, é visto no mercado como de perfil independente, mas ligado a Casagrande. Em 2021, ele desligou-se do PRP, e, em carta pública, manifestou-se contrário à fusão do partido com Patriota e a consequente filiação de Jair Bolsonaro.

“Em virtude de ser da base do governador Casagrande, com quem inclusive tive o privilégio de ser também parlamentar na década de 90, e por apoiá-lo indubitavelmente num futuro processo de reeleição, comunico na próxima semana, de forma irretratável e irrevogável, a minha desfiliação do partido Patriota, agremiação essa que ocorrera a fusão com o antigo PRP, a qual fui eleito no pleito eleitoral de 2018!”, disse Madureira, na época.

Outros sete deputados também disputaram as eleições municipais. Camila Valadão (Psol) e Capitão Assumção (PL) foram candidatos em Vitória. O delegado Danilo Bahiense (PL) e Zé Preto (PP) tentaram Guarapari. Pablo Muribeca (Republicanos) disputou a prefeitura da Serra, mas acabou derrotado no segundo turno.

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