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Theodorico Ferraço teme atrapalhar a vida do filho em 2018

O grupo cada vez maior de deputados que não estaria dispostos a dar o quarto mandato de presidente da Mesa Diretora da Assembleia a Theodorico Ferraço (DEM) não seria a única preocupação do demista neste debate. O parlamentar teria dito a interlocutores que o futuro do filho, o senador Ricardo Ferraço (PSDB), também estaria pesando na balança.

Ricardo e Theodorico sempre tiveram caminhos políticos distintos. Mas o debate da presidência da Assembleia pode acabar levando a um impasse. Para alguns observadores, porém, esse pode ser um subterfúgio para explicar o desgaste do presidente na movimentação para conquistar sua quarta recondução à presidência da Casa, já que o hoje o clube dos descontentes tem mais da metade do plenário.

De qualquer forma, a ideia de que Ferração pode atrapalhar o filho faz sentido. O senador tem buscado vários mecanismos para tentar de um lado proteger seu mandato e de outro se projetar politicamente. Uma das ações nestes dois sentidos foi a de se aproximar do colega de bancada Magno Malta (PR), que assim como Ricardo, terá de disputar a reeleição para os mandatos em 2018.

O problema é que o governador Paulo Hartung (PMDB) estaria se movimentando para conquistar uma das vagas no Senado, o que tiraria a cadeira de um dos dois parlamentares. Malta é um senador popular que sempre consegue se encaixar nas pautas polêmicas, garantindo assim visibilidade para se manter vivo em frente aos holofotes.

Sua última ação foi a defesa do teto para servidores públicos e agentes políticos, a chamada PEC Magno Malta, que restringe em R$ 15 mil os salários. Em meio à crise ética que o País vive, a proposta do senador agradou a opinião pública. Já Ricardo Ferraço tem um problema a superar para a reeleição. Há quem duvide que sozinho ele possa conquistar os votos necessários para continuar no Senado.

Mas a visão dos aliados do presidente da Assembleia iria ainda mais longe. Com a desincompatibilização do governador para a disputa ao Senado e a saída também do vice, César Colnago, para disputar uma vaga na Câmara, o presidente da Assembleia seria forçado a assumir o governo, prejudicando assim a movimentação de Ricardo para qualquer disputa majoritária.

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