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Trabalhadores da segurança pública entram em assembleia permanente

Reposição salarial é principal reivindicação. Ação foi aprovada em assembleia geral unificada das categorias

Divulgação

A Frente Unificada por Valorização Salarial (FUVS), formada por entidades de trabalhadores da área de segurança pública, encaminhou nesta segunda-feira (24) mais um ofício ao governador Renato Casagrande (PSB) exigindo respostas sobre o cumprimento do acordo de reajuste salarial para as entidades representativas da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil. Os trabalhadores estão em assembleia geral permanente reivindicando uma reposição de 16,1%. 

Nesta semana, os profissionais de segurança pública começaram a colocar em prática decisões da assembleia geral realizada no último dia 19, com ampla participação. Entre elas a institucionalização de uma frente unificada e ainda a organização de uma campanha sobre o descaso do governo com os profissionais da segurança pública, cuja repercussão, segundo acreditam, terá peso no processo eleitoral deste ano, considerando que o governador deve ser candidato à reeleição. 

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“O governador precisa saber que a assembleia hoje está lotada, amanhã vai estar mais ainda”, disse um policial, referindo-se à assembleia do dia 19, realizada no auditório da Associação dos Militares da Reserva, Reformados, da Ativa da PM, do Corpo de Bombeiros Militar e Pensionistas (Aspomires), em Bento Ferreira. As deliberações foram adotadas à unanimidade, inclusive com delegações do interior do Estado. 

“A Frente Unificada de Valorização Salarial, reunida no dia 19 de janeiro de 2022 e que representa em torno de 100 mil vidas capilarizadas nos 78 municípios de nosso Estado, deliberou em assembleia das entidades presentes com seus respectivos associados que não aceitará nenhum índice abaixo do pactuado na memória técnica de 2 de março de 2020, qual seja, o percentual de 16,10%, conforme dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –IBGE”, afirmam no ofício. 

As entidades lamentam que “até o presente momento, após diversas tentativas de diálogo, não houve sinalização do percentual a ser adotado por parte do Governo do Estado no tocante ao reajuste linear da inflação em dezembro de 2020 e 2021”, e lembram que o processo que resultou no acordo contou com a participação dos representantes do governo.

Estiveram presentes às negociações, em 2020, os secretários de Estado de Governo Tyago Hoffmann; de Gestão e Recursos Humanos, Lenise Loureiro; de Planejamento, Álvaro Duboc; de Segurança Pública e Defesa Social, Antônio Roberto Cesário de Sá; da Casa Militar, Jocarly Martins de Aguiar Junior; e os respectivos comandantes das corporações militares e chefe da Polícia Civil, assessorados por suas equipes técnicas. 

Segundo narra o ofício, “… o governo firmou proposta final de reajuste salarial para as entidades representativas da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil. …a proposta culminou da seguinte forma: reajuste de 4% em março 2020 + 4% em Julho 2021 + 4% em Julho de 2022 + reajuste linear da inflação em dezembro de 2020, 2021 e 2022 + incorporação de uma GSE de 6 horas em março de 2020 para as categorias de soldado a 1º tenente + redução do percentual de 25,75% para 21,75% de soldado para cabo em Julho de 2021 e incorporação de uma GSE em dezembro de 2022”. 

As entidades apontam que o reajuste do subsídio da categoria dos agentes de polícia, já autorizado pelo governo, “não considerou com equanimidade de tratamento todas as demais categorias de policiais civis, militares e bombeiros militares, causando uma vicissitude institucional”.

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